Identidade e individuação

Autores

  • Sérgio Lessa UFAL - Maceio - AL

DOI:

https://doi.org/10.1590/%25x

Resumo

Uma humanidade articulada em um processo histórico que abarca a vida de todos os homens resultou, não em existências genéricas ricas e multifacetadas, mas sim em individualidades solitárias e amedrontadas. O fundamento deste paradoxo está na mercadoria plenamente explicitada: o fetichismo e a reificação fazem com que as pessoas deixem de encontrar nas outras pessoas a substância autenticamente humana de que carecem. Perdem, então, as suas raízes genéricas e só lhes resta constituir suas identidades a partir delas próprias. A pobreza deste patamar de individuação é um fator importante para que a luta de classes explicite a sua forma mais bárbara: o conflito armado “despolitizado” da propriedade privada dos marginais contra a propriedade privada do status quo. Os centros urbanos, criações do mundo burguês, vão se dissolvendo em um mar de indivíduos solitários, amedrontados e violentos: é a etapa superior do individualismo burguês correspondente à crise estrutural do capital.

Biografia do Autor

Sérgio Lessa, UFAL - Maceio - AL

Possui graduação em Filosofia pela UFPB (1987), mestrado em Pós-Graduação Em Filosofia pela UFMG (1990) e doutorado em Ciências Sociais pela UNICAMP (1994). Atualmente é Professor Associado da UFAL e membro da comissão editorial da revista Crítica Marxista (São Paulo). Tem experiência na área de Serviço Social, com ênfase em Fundamentos do Serviço Social, atuando principalmente nos seguintes temas: lukács, ontologia, marxismo, trabalho e marx.

Mais informações: Currículo Lattes - CNPq.

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Publicado

2004-01-01