Right to housing: the actions of the Removals Museum during the pandemic

Authors

DOI:

https://doi.org/10.1590/1982-0259.2023.e89915

Keywords:

Right to housing, Museum of Removals, Territory, Gentrification

Abstract

The struggle for the right to housing in Brazil continued to exist during the Covid-19 pandemic and had to adopt new strategies in the face of health restrictions. This article addresses the demands of the Museum of Removals movement and its performance in
defense of the right to housing. The research is based on qualitative data from the transcript of debates held in 2020 and 2021 by the Removals Museum with other social movements on the internet. The results reveal that the main challenges faced by social movements during the pandemic were the failure of the Brazilian State to ensure the right to housing with dignity in cities and the continuous violence in evictions and removals that occurred even in the face of health restrictions. The research shows that the dispute over territories in urban centers fundamentally serves the interests of real estate capitalism, capable of even making it impossible to comply with sanitary measures in public health in the midst of a pandemic with high lethality.

Author Biographies

Diana Bogado, Universidade de Brasília

Doutora em Arquitetura pela Universidade de Sevilla (US).
Pesquisadora de Pós-Doutorado no Programa de Pós-Graduação em Política Social na Universidade de
Brasília (UnB).

Cristiano Guedes, Universidade de Brasília

Doutor em Ciências da Saúde e professor do Programa de Pós-Graduação em Política Social na Universidade de Brasília (UnB).

Joana Nazar, Universidade de Brasília

Graduanda em Serviço Social e pesquisadora do Programa de Iniciação Científica da Universidade de Brasília (UnB).

References

AGUILERA, F.; NAREDO, J. Interés y contexto del tema tratado: economia, poder y megaproyectos. Madrid: Cromoimagem S. L., 2009.

ALFONSIN, B. A tragédia da Covid-19 nas cidades brasileiras: análise e alternativas de enfrentamento da pandemia na perspectiva do Direito Urbanístico. Revista Brasileira de Direito Urbanístico, ano 6, n. 10, p. 11-24, 2020.

BOGADO, D. O Museu das Remoções da Vila Autódromo:potência de resistência criativa e afetiva como resposta sociocultural ao Rio de Janeiro dos megaeventos. 2017. Tese (Doutoramento em Arquitetura)–Universidad de Sevilla, Sevilla, 2017.

BOGADO, D.; PEIXINHO, L. Na luta pelo direito à moradia nasce o Museu das Remoções. E-Cadernos, n. 36, p. 117-130, 2021.

BONAMICHI, N. C. Favela olímpica e pós-olímpica:dinâmicas demográficas e no mercado imobiliário do Vidigal. Cadernos Metrópole,v. 24, n. 53, p. 387-408, 2022.

BRASIL. Lei nº 10.216, de 8 de outubro de 2021. Suspende desocupação ou remoção forçada coletiva em imóvel privado ou público, exclusivamente urbano. Diário Oficial da União, 8 jan. 2021.

CAMPANHA DESPEJO ZERO. Balanço dos dados até fevereiro de 2022.[S.l.], 2022. Disponível em: https://uploads.strikinglycdn.com/files/ebb1e782-bb8b-47f9-82d2-1e747cb2bfdf/S%C3%ADntese%20Despejo%20Zero%20fevereiro%202022%20-%20final.pdf. Acesso em: 21 maio 2022.

COMITÊ POPULAR RIO DA COPA E DAS OLIMPÍADAS. Dossiê megaeventos e violações de Direitos Humanos no Rio de Janeiro. 2016.

GARNIER, J. P. Marsella 2013:el urbanismo como arma de destrucciónmasiva. Geocriti Q., n. 24, 10 jan. 2014. Disponível em: https://xdoc.mx/preview/marsella-2013-el-urbanismo-como-arma-de-destruccion-masiva-5dd841f94abb9. Acesso em: 25 jun. 2022.

GRANEMANN, S. Crise econômica e a Covid-19: rebatimentos na vida (e morte) da classe trabalhadora brasileira. Trabalho, Educação e Saúde, v. 19, p. 1-12, 2021.

GUTTERRES, A. S. O rumor e o terror na construção de territórios de vulnerabilidade na zona portuária do Rio de Janeiro. Mana,v. 22, n. 1, p. 179-209, abr.2016.

HARVEY, D. A condição pós-moderna. 14. ed. São Paulo: Loyola, 2011.

LEFEBVRE,H. O direito à cidade. São Paulo: Centauro, 2001.

LIMA, A. O Programa Minha Casa Minha Vida, a segregação urbana e a reprodução de velhas práticas. Argumentum, v. 10, n. 3, p. 257-271, 2018.

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONU). Relator da ONU diz que Brasil tem que suspender despejos durante pandemia. ONU News, 2020. Disponível em: https://news.un.org/pt/story/2020/07/1719591. Acesso em: 21 maio 2022.

PAGANI, E.; ALVES, J.; CORDEIRO, S. Segregação socioespacial e especulação imobiliária no espaço urbano. Argumentum, v. 7, n.1, p. 167-183, 2015.

RAICHELIS, R.; ARREGUI, C. C. O trabalho no fio da navalha: nova morfologia no Serviço Social em tempos de devastação e pandemia. Serviço Social & Sociedade, n. 140, 2021. p. 134-152.

SUAVE, A.; FAERMANN, L. Reflexões sobre a política habitacional: Estado e conflitos de classes. Revista Katálysis, v. 23, n. 2,p. 266-275, 2020.

TEIXEIRA, S. M. S.Museu das Remoções: moradia e memória. In:SOARES, B. B. (org.).Descolonizando a museologia: 1. Museus, ação comunitária e descolonização. Paris: ICOFOM, 2020. p. 226-238.Disponível em:https://drive.google.com/file/d/1CouJafl4o6UmlqZqBByc83uqjcG5fFJk/view. Acesso em: 5 mar.2021.

TEIXEIRA, S. M. S. Vila Autódromo: lutando por direitos, entre emoções e remoções, nasce um museu.Lugar Comum, n. 56, p. 151-174, 2019.

URRIOLA, L. M. G. C. Urbanização neoliberal e megaeventos em Lima e Callao. Cadernos Metrópole,v. 24, n. 54, p. 501-522,2022.

VIANA, L. H. V. A ideologia na produção do espaço: os megaeventos como agentes difusores da ideologia (neo)liberal. CadernosMetrópole,v. 21, n. 44, p. 79-97, 2019.

Published

2023-04-26