Pressupostos epistemológicos para pensar o popular

Autores

  • Alexandre Silva Virginio UFRGS - Porto Alegre - RS

DOI:

https://doi.org/10.1590/%25x

Resumo

 

O pensar as classes populares e suas possibilidades e ou potencialidades de emancipação requer, por parte dos cientistas e intelectuais, por um lado, considerar a insuficiência e incompletude do racionalismo lógico para a apreensão e explicação dos fenômenos sociais e, por outro, reconhecer que à realidade pode ser oferecida uma imensa pluralidade de tipos de explicação, muitos dos quais, inclusive, gestados nas formas de sobrevivência, de resistência e de luta das classes populares. Com efeito, e considerando o compromisso com a objetividade científica e o caráter ético – vital – que deve orientar a construção do conhecimento científico, a perspectiva restrita, disciplinar e denotativa, fundamentos da crise da ciência moderna, demanda ser problematizada e enriquecida por outras dimensões, subjetividades e saberes – populares e cotidianos – que, quando confrontados com as categorias científicas, concorrem para a emergência de um outro, novo conhecimento. Destarte, a substância epistemológica deste novo saber deve ser capturada no processo de formulação de idéias e ações que concorrem para a superação da injustiça social e da degradação ambiental.

Biografia do Autor

Alexandre Silva Virginio, UFRGS - Porto Alegre - RS

Possui graduação em História pela Faculdade Porto-Alegrense de Educação, Ciências e Letras (1986), licenciatura e bacharelado em Ciências Sociais pela UFRGS (1996), mestrado em Sociologia pela UFRGS (2000) e doutorado em Sociologia pela UFRGS (2006). Atualmente é professor de Escola da UFRGS. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: classes populares, participação, democracia, emancipação e sociedade. Alem disso, é colaborador da Ong Povoação: Educação Cidadã.

Mais informações: Currículo Lattes - CNPq.

Downloads

Publicado

2005-01-01