Pressupostos epistemológicos para pensar o popular
DOI:
https://doi.org/10.1590/%25xResumo
O pensar as classes populares e suas possibilidades e ou potencialidades de emancipação requer, por parte dos cientistas e intelectuais, por um lado, considerar a insuficiência e incompletude do racionalismo lógico para a apreensão e explicação dos fenômenos sociais e, por outro, reconhecer que à realidade pode ser oferecida uma imensa pluralidade de tipos de explicação, muitos dos quais, inclusive, gestados nas formas de sobrevivência, de resistência e de luta das classes populares. Com efeito, e considerando o compromisso com a objetividade científica e o caráter ético – vital – que deve orientar a construção do conhecimento científico, a perspectiva restrita, disciplinar e denotativa, fundamentos da crise da ciência moderna, demanda ser problematizada e enriquecida por outras dimensões, subjetividades e saberes – populares e cotidianos – que, quando confrontados com as categorias científicas, concorrem para a emergência de um outro, novo conhecimento. Destarte, a substância epistemológica deste novo saber deve ser capturada no processo de formulação de idéias e ações que concorrem para a superação da injustiça social e da degradação ambiental.
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