A moderna construção da vigilância e do controle social no Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1982-0259.2021.e75233

Resumo

Este ensaio aborda a relação entre Estado e autoritarismo no Brasil, considerando as transformações dos mecanismos tradicionais e modernos de controle social, empregados pela classe dominante como força social e política na disputa pela direção moral e intelectual da sociedade brasileira. O objetivo é mostrar que a modernização da infraestrutura econômica implica no recrudescimento das formas de vigilância e controle social. Para isso, são apresentadas as mudanças no controle social a partir de 1930 até a Constituição Federal de 1988. Posteriormente, damos ênfase sobre as medidas neoliberais que deram ensejo às novas formas de controle no País. Por fim, conclui-se que a insuficiência das instituições de controle social, atualmente, tem em contrapartida a valorização da moral tradicional e o aumento da reivindicação social por segurança, formando dois pilares do autoritarismo neoliberal da política atual.

Biografia do Autor

Vânia Morales Sierra, UERJ - Maracanã - RJ

Doutora em Sociologia pelo Instituto Universitário de Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Uperj). Professora associada na Faculdade de Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FSSUERJ). Membro do corpo permante do Programa de Pós Graduação em Serviço Social da UERJ.

Silene de Moraes Freire, Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Mestre em Serviço Social pelo PPG da ESS da UFRJ, doutora em Sociologia pelo PPG em Sociologia da FFLCH da
USP, Professora Titular da FSS da UERJ (Graduação e PPG), Procientista da UERJ, Pesquisadora Bolsista de
Produtividade do CNPq, Coordenadora do Programa de Estudos de América Latina e Caribe -PROEALC– do Centro
de Ciências da UERJ. Coordenadora do PPGSS da UERJ.

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Publicado

2021-04-09