Particularidade e estranheza: Euclides da Cunha
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7917.2008v13n1p135Resumen
Através da análise de algumas obras de Euclides da Cunha, o trabalho pretende armar uma rede de sentidos para o pensamento euclidiano. Partindo da idéia presente no termo regionalismo (regere limes), demonstra como numa primeira instância os textos de Euclides parecem estreitamente instruídos por uma lógica disjuntiva, a partir da qual se movimenta a escrita do autor. Nesta série de contrapontos, no entanto, verifica como esta pretensa rigidez da lógica de Euclides treme e se enfraquece por uma série de relatos contraditórios e aporéticos. A partir deste ponto, a proposta que vem à tona é que mais do que de caracterizações de instâncias limites e antagônicas, claramente representadas na dicotômica apresentação do sertão e do litoral, é de instâncias limiares, confins (limen), que o texto de Euclides trata. O jogo opositivo-regressivo no qual parece se perder é exposto como marca de um estupor da razão, que impele Euclides às suas caracterizações contraditórias, nas quais, pode ser visto seu titubear – enquanto homem imerso em seu tempo (o engenheiro e positivista Euclides) e desconfiado de suas próprias apostas (o escritor Euclides).
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