"No ondear da vida moderna": o volátil sentimento de ser

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7917.2016v21n2p101

Resumen

No cenário da vida moderna, a cidade é a grande promulgadora de novidades. Grosso modo, na cidade pequena, se retomarmos as discussões de Georg Simmel (1979), o ritmo de vida flui mais lentamente, de maneira mais uniforme. Já na metrópole as imagens, os sons, os odores, desencadeiam uma torrente sensorial, que resulta em fragmentos, flashes, mosaicos. Este artigo pretende discutir algumas narrativas de Mário de Sá-Carneiro, suas personagens, e o modo como (se) (trans)formam (com) a – e a partir das experiências possíveis através da – cidade. Se Paris pungia-lhes vida, a sensibilidade e sensações que lhes envolviam como se estivessem em bebedeira, insones, sob efeito de narcóticos como que por simbiose: “Paris! Paris! Orgíaco e solene, monumental e fútil...” (SÁ-CARNEIRO, 2007, p. 237), estar nessa grande cidade, sozinho, era como que estar sempre acompanhado de uma amante, sua cidade-amante. É aí que o artista, como sofredor exemplar, emerge, sente, se voltatiliza.

Biografía del autor/a

Jair Zandoná, Universidade Federal de Santa Catarina

Doutor (2013) e mestre (2008) em Literatura pela Universidade Federal de Santa Catarina. Graduado em Letras Português Habilitação em Língua Espanhola e Respectivas Literaturas pela Universidade do Oeste de Santa Catarina (2003). É um dos editores da Revista Anuário de Literatura (PPGL/UFSC), editor de resenhas da Revista Estudos Feministas (REF), integra o quadro de pesquisadores/as associados/as do Instituto de Estudos de Gênero (IEG/UFSC) e do Núcleo de Literatura Brasileira Atual - Estudos Feministas e Pós-Coloniais de Narrativas da Contemporaneidade (LITERATUAL/UFSC). É docente do Curso de Especialização em Gênero e Diversidade na Escola (IEG/UFSC).

Publicado

2016-12-06

Cómo citar

ZANDONÁ, Jair. "No ondear da vida moderna": o volátil sentimento de ser. Anuário de Literatura, [S. l.], v. 21, n. 2, p. 101–111, 2016. DOI: 10.5007/2175-7917.2016v21n2p101. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/2175-7917.2016v21n2p101. Acesso em: 29 jun. 2024.

Número

Sección

Dossiê "Mário de Sá-Carneiro: Eu-próprio o Outro: 100 anos depois"

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