O desenho animado “Super Choque” para desenvolver práticas geográficas antirracistas

Autores

  • Thiago Afonso Peron Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Departamento de Geociências, Florianópolis, SC, Brasil http://orcid.org/0000-0001-7336-433X
  • Leonardo Maciel de Medeiros Elias Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Curso de Medicina, Florianópolis, SC, Brasil http://orcid.org/0000-0002-0242-0768

Resumo

A maioria da população brasileira é formada de negros e negras, sendo a matriz africada uma das formadoras da população do país juntamente com a asiática, as autóctones e as europeia. Assim sendo, poderíamos pensar que o Currículo da Educação Básica Brasileira e mais especificamente a geografia seriam uma miscelânea de diversidade cultural, porém não é isso que ocorre, o currículo é eurocentrado, marginalizando as temáticas africanas, seus povos e os/as afro-brasileiros/as. Isto posto, objetivou-se apresentar o desenho animado “Super Choque” como um recurso didático lúdico para forjar uma prática geográfica antirracista.  Percebeu-se que o desenho animado traz em seu corpo inúmeros elementos da vida real e do universo fictício que podem ser aproveitados em sala de aula, como lendas, cidades, características dos povos, Impérios importantes, história do país, entre outras. As quais, devem ser adaptadas a realidade dos/das estudantes pelo/pelas docentes. Demonstrando ainda, que os produtos da mídia televisiva que as crianças consumem podem ser utilizados a favor do processo de ensino-aprendizagem.

Biografia do Autor

Thiago Afonso Peron, Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Departamento de Geociências, Florianópolis, SC, Brasil

Licenciado e Bacharelando em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina.

Leonardo Maciel de Medeiros Elias, Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Curso de Medicina, Florianópolis, SC, Brasil

Graduando de Medicina, Universidade Federal de Santa Catarina. 

Referências

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Publicado

2020-06-26

Edição

Seção

Artigos Científicos