Dos movimentos aos partidos: a sociedade organizada e a política formal

Autores

  • Lúcia Avelar Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.5007/%25x

Resumo

O objetivo do artigo é provocar uma discussão sobre o acesso da sociedade organizada à política formal, utilizando para esse exercício o segmento das mulheres. A nosso ver, não é suficiente sabermos o quanto o associativismo vem transformando a sociedade e a cultura política brasileira em níveis jamais vivenciados em nossa história política. Outro objetivo é avaliar se estamos construindo a ponte entre os movimentos e a política formal, procurando saber qual o impacto do associativismo sobre as instituições e processos decisórios. Longe de pretendermos reduzir a diversidade dos segmentos sociais brasileiros excluídos da política ao das mulheres, poderemos utilizá-lo como um exemplo material do problema da participação da sociedade civil e de seus reflexos sobre a representação. Para tanto, utilizamos argumentos empíricos, com base em dados agregados e depoimentos colhidos por meio de entrevistas com lideranças feministas do país.

Biografia do Autor

Lúcia Avelar, Universidade de Brasília

Possui graduação em Sociologia e Politica pela Faculdade de Ciências Econômicas, Universidade Federal de Minas Gerais (1966), mestrado em Ciência Política pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1981) e doutorado em Ciencia Política pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1985). Entre 1990 e 1991, com financiamento CNPq/Fulbright, fez estágio de pós-doutorado em Yale University, Dept. of Political Science. Coordenou inúmeras pesquisas, entre elas, a do governo do estado de Sao Paulo, entre 1970 e 1971, em 27 municípios da região do Vale do Paraiba, levantando dados para a Coordenação do Desenvolvimento do Vale do Paraiba, um Consórcio de integraçao regional (CODIVAP). Trabalhou como coordenadora de pesquisa junto ao Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP) entre os anos de 1973 a 1976, na Pesquisa Nacional de Reproduçao Humna. Integrou a equipe coordenada pelo Instituto de Desenvolvimento de Estudos Sociais e Políticos (IDESP), no período pré-eleitoral de 1982, no estudo sobre eleiçoes que abrangeu as capitais brasileiras e dois municipios do interior brasileiro. (FINEP). Atualmente é professora titular de Ciencia Politica na Universidade de Brasília. Foi professora assistente doutor da Universidade Estadual de Campinas. É membro do comitê editorial da revista quadrimestral "Opinião Pública" da Universidade Estadual de Campinas, do Centro de Estudos da Fundação Konrad-Adenauer. Atua na área de comportamento político, estudos sobre democracia, participação política, estudos de gênero, feminismo. Desde 1986 é contemplada com a bolsa de produtividade de pesquisa do CNPq.

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Publicado

2007-08-01

Edição

Seção

Dossiê Temático