Artigo: A condição juvenil e as revoltas dos subúrbios na França

Autores

  • Luís Antonio Groppo Centro Universitário Salesiano de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5007/%25x

Resumo

Partindo de uma comparação entre o movimento estudantil de 1968 com as revoltas dos jovens dos subúrbios franceses em outubro e novembro de 2005, considera-se que, em comum, foi importante a condição juvenil dos atores sociais para que se iniciasse a rebelião, ainda que tenham sido juventudes de classes sociais diferentes e com anseios diferentes: em 1968, a “libertação”, em 2005, a “igualdade”. Faz-se uma análise crítica sobre diferentes interpretações da revolta de 2005, principalmente quando se afastam da explicação de que os eventos foram motivados por insatisfações sociais causadas pela desigualdade no tratamento da sociedade e do Estado para com populações oriundas da imigração, mas cujos filhos e netos já se consideram cidadãos franceses. Entre tais interpretações, a da revolta étnica pelo reconhecimento da “diferença”, bem como a do motim urbano e da delinqüência juvenil (que apontam para a suposta “irracionalidade” da violência promovida durante os eventos).

Biografia do Autor

Luís Antonio Groppo, Centro Universitário Salesiano de São Paulo

possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (1992), mestrado em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas (1996) e doutorado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Campinas (2000). Atualmente é docente do Programa de Mestrado em Educação do Centro Universitário Salesiano de São Paulo e pesquisador CNPq com a pesquisa "Sociologia da Educação Sócio-comunitária". Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia da Educação e Sociologia da Juventude, assim como na área de História dos movimentos estudantis. Atua principalmente nos seguintes temas: juventude, movimento estudantil, educação sócio-comunitária, turismo e lazer.

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Publicado

2006-07-01

Edição

Seção

Dossiê Temático