Artigo: Conflitos socioambientais em Unidades de Conservação
DOI:
https://doi.org/10.5007/%25xResumo
A preocupação pela perda extensiva e acelerada da diversidade biológica em escala global tem estimulado a criação de áreas protegidas pela via do planejamento governamental. Muitas vezes, a exclusão das populações nas tomadas de decisão acaba gerando conflitos na fase de implementação dos projetos, colocando em xeque as condições de sobrevivência de grupos que dependem diretamente dos bens e serviços ambientais existentes na área preservada. Geralmente, essas situações de litígio apresentam um caráter ambivalente: o acirramento dos conflitos pode conduzir, por um lado, a uma degradação cada vez mais intensa do meio biofísico e das condições de vida das populações; por outro, pode contribuir para a formação de um contexto favorável à inclusão social de grupos e comunidades que têm sido sistematicamente marginalizados dos espaços de construção e exercício da cidadania. O artigo focaliza esta ambivalência, levando em conta casos de conflito em Unidades de Conservação em diversos países, e oferece subsídios para uma transformação do atual sistema de gestão de recursos naturais no Brasil. O enfoque analítico adotado é tributário da pesquisa transdisciplinar sobre gestão de recursos de uso comum – ainda pouco conhecido da comunidade de cientistas sociais brasileiros sensíveis à gravidade da crise contemporânea do meio ambiente.Downloads
Publicado
2005-01-01
Edição
Seção
Dossiê Temático
Licença
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