A formulação da nova política de saúde no Brasil em tempos de democratização: entre uma conduta estatista e uma concepção societal da atuação política

Autores

  • Ana Maria Doimo Universidade Federal de Minas Gerais
  • Marta Maria Assumpção Rodrigues Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.5007/%25x

Resumo

O presente artigo tem por objetivo traçar o perfil dos atores constitutivos do movimento de saúde no Brasil a partir de meados da década de 70, focalizando seus aportes institucionais, nexos organizativos e articulações discursivas, com vistas a aferir o papel destes atores na formulação da nova política nacional de saúde no período da democratização. Como parte deste objetivo, pretendemos demonstrar que movimentos sociais reivindicativos podem ser decisivos na configuração democrática de uma política social, desde que: a) mantenham fortes vínculos com redes sociais locais predispostas à participação; b) possuam lideranças dentro do sistema político-administrativo que desativem bloqueios burocráticos e mobilizem recursos junto ao poder legislativo; c) equacionem e respeitem a diversidade e a pluralidade interna no movimento, de sorte ao estabelecimento daquilo que é comum, criandose o senso de igualdade e o interesse público.

Biografia do Autor

Ana Maria Doimo, Universidade Federal de Minas Gerais

Sou graduada em Ciências Sociais pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Rio Claro, SP, (UNESP), tenho mestrado em Antropologia Social pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) e Doutorado em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP). Em 1977 passei a integrar o corpo de professores do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Espírito Santo, onde permaneci até 1997, tendo obtido progressão para Profª Adjunto em 1985 e para Adjunto IV em 1991. O prêmio "José Albertino Rodrigues" de melhor tese de doutorado que ganhei da ANPOCS em 1994, e que resultou na publicação do livro "A vez e a voz do popular: movimento social e participação política no Brasil pós-70", tornou-se uma referência para o estudo dos movimentos sociais no Brasil. Convidada a atuar como Profª Visitante junto à Pós-Graduação em Ciências Sociais da UERJ, desliguei-me da UFES em janeiro de 1997 mediante adesão ao PDV e passei a integrar a Pós graduação em Ciências Sociais da UERJ na Linha de Pesquisa "Justiça, Cidadania e Políticas Sociais", coordenada pela Profª Alba Zaluar. Em agosto de 2000, fui aprovada no concurso público realizado pelo Departamento de Ciência Política da FAFICH/ UFMG e desde 2001, venho dando continuidade às minhas atividades docentes. No momento, elaboro um projeto de Núcleo de Estudos, Pesquisas e Assessoria em Ongs, tendo em vista a criação do novo curso de graduação em Gestão Pública pelo DCP.

Marta Maria Assumpção Rodrigues, Universidade de São Paulo

Ph.D. em Ciência Política, University of Notre Dame (Dept. of Govt., 1999). M.A. em Estudos da Paz, The Joan Kroc Institute for International Peace Studies (University of Notre Dame, 1993). Bacharel em Sociologia e Política - Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESP, 1980). Bacharel em Filosofia - Universidade de São Paulo (FFLCH/USP, 1987). Professora doutora do curso de Gestão de Políticas Públicas da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da Universidade de São Paulo (USP, 2005-). Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da Universidade de S.Paulo (NUPPs/USP, 2007-). Ocupou o cargo de Professor Adjunto (nível 2) no Departamento de Ciência Política da Universidade Federal de Minas Gerais (2000-2005). Foi pesquisadora do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da Universidade Estadual de Campinas (NEPP/UNICAMP, 1999-2004). Tem experiência na área de Ciência Política: política comparada, democracia no Brasil, cidadania, políticas públicas e instituições políticas.

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Publicado

2003-01-01

Edição

Seção

Artigo