A representação simbólica da inflação no Plano Real e a tradição política do autoritarismo brasileiro

Autores

  • Julian Borba Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/%25x

Resumo

Analisa-se a representação simbólica da inflação durante o processo de formulação e implementação do Plano Real. Procura-se demonstrar que, nesse contexto, a inflação foi associada a uma doença que estaria corroendo a sociedade brasileira e que suas causas seriam derivadas de dois fatores principais: as desordens fiscal e monetária. Esses fatores teriam como causas o “populismo econômico” das elites brasileiras e a inadequação das instituições políticas nacionais para uma boa gestão da política econômica. Conclui- se, a partir da análise dos dados, que a retórica que presidiu a representação que se fez da inflação e de suas causas guarda importantes semelhanças com alguns “arquétipos” e “gramáticas” constituintes da tradição política do autoritarismo brasileiro, particularmente em sua versão tecnocrática.

Biografia do Autor

Julian Borba, Universidade Federal de Santa Catarina

Possui graduação em Ciências da Administração pela Universidade Federal de Santa Catarina (1995), mestrado em Sociologia Política pela Universidade Federal de Santa Catarina (1998) e doutorado em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2002). Atualmente é professor adjunto I da Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase em Estado e Governo, atuando principalmente nos seguintes temas: democracia, políticas públicas, tecnocracia, eleições e poder.

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Publicado

2003-01-01

Edição

Seção

Artigo