Notas sobre ativismo juvenil, capital militante e intervenção política
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7984.2014v13n28p63Resumo
O artigo aborda a relação entre as características das organizações que estiveram à frente de protestos recentes no Brasil e as estratégias de afirmação como atores legítimos no espaço político. Em especial, examina as condições de consolidação de um grupo como principal articulador e porta-voz das manifestações de junho de 2013 no estado de Sergipe, destacando o peso do capital militante de seus líderes, suas inserções em redes diversificadas e as estratégias de legitimação como “movimento”.
Referências
CASTAÑEDA, M. Protests in Rio de Janeiro: socio-technical overlap between “networks” and the streets. Cultural Anthropology Online, Dec. 20, 2013. Disponível em: <http://www.culanth.org/fieldsights/441-protests-in-rio-de-janeiro-socio-technical-overlap-between-networks-and-the-streets>.
CORADINI, O. L. Em nome de quem? Recursos sociais no recrutamento de elites políticas. Rio de Janeiro: Relume Dumará; UFRJ, 2001.
______. Engajamento associativo/sindical e recrutamento de elites políticas: “empresários” e “trabalhadores” no período recente no Brasil. Antropolítica, n. 19, p. 113-146, 2º sem. 2005.
______. Engajamento associativo- sindical e recrutamento de elites políticas: tendências recentes no Brasil. Revista de Sociologia e Política, n. 28, p. 195-217, jun. 2007.
______. Representação política e de interesses: bases associativas dos deputados federais de 1999 a 2011. Sociedade e Estado, v. 26, n. 1, p. 197-220, 2011.
FIGUEIREDO, T. C. S. de. Em nome dos professores? Inserção profissional e carreiras políticas. 2012. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Universidade Federal de Sergipe, 2012.
FILLIEULE, O. Propositions pour une analyse processuelle de l’engagement individuel: Post Scriptum. Revue Française de Science Politique, v. 51, n. 1-2, p. 199-215, 2001.
FILLIEULE, O.; PUDAL, B. Sociologie du militantisme: problématiosation et déplacement des méthodes d’enquête. In: FILLIEULE, O.; AGRIKOLIANSKY, E.; SOMMIER, I. (Dir.). Penser
les mouvements sociaux. Paris: La Découverte, 2010.
GAXIE, D. Économie des partis et rétributions du militantisme. Revue Française de Science Politique, v. 27, n. 1, p. 123-154, 1977.
______. Rétributions du militantisme et paradoxes de l’action collective. Revue Suisse de Science Politique, v. 11, n. 1, p. 157-188, 2005.
MATONTI, F.; POUPEAU, F. Le capital militant: essai de définition. Actes de la Recherche en Sciences Sociales, n. 155, p. 4-11, 2004.
MELO, M. R. de. Itinerários e “lutas”: o engajamento de lideranças do movimento homossexual e LGBT em Sergipe (1981-2012). 2013. Tese (Doutorado em Sociologia) – Universidade Federal de Sergipe, 2013.
MESQUITA, M. R. Cultura e política: a experiência dos coletivos de cultura no movimento estudantil. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 81, p. 179-207, 2008.
______. Movimento estudantil brasileiro: práticas militantes na ótica dos Novos Movimentos Sociais. Revista Crítica de Ciências Sociais, n. 66, p. 117-149, 2003.
MISCHE, A. De estudantes a cidadãos: redes de jovens e participação política. Revista Brasileira de Educação, n. 5, p. 134-150, 1997.
______. Partisan publics: communication and contention across Brazilian youth activist networks. Princeton: Princeton University Press, 2008.
______. Redes de jovens. Teoria e Debate, v. 31, 1996.
OLIVEIRA, W. J. F. de (Org.). Engajamento e militância política em Sergipe: contexto político, engajamento individual e atuação profissional. São Cristóvão: EDUFS, 2014.
ORTELLADO, P. On processes and outcomes: remarks on the brazilian protests of June, 2013, and other experiences of “New Movements”. Cultural Anthropology Online, December 20, 2013a. Disponível em: <http://www.culanth.org/fieldsights/434-on-processes-and-outcomes-remarks-onthe-brazilian-protests-of-june-2013-and-other-experiences-of-new-movements>.
______. Reflections on the Free Fare Movement and other “New Social Movements”. Mediações, v. 18, n. 2, p. 110-117, 2013b.
PASSY, F. Interactions sociales et imbrications des sphères de vie. In: FILLIEULE, O. (Dir.). Le désengagement militant. Paris: Belin, 2005.
SANTOS, A. S. dos. Movimento Não Pago: emergência e condições de representação no cenário público de Aracaju/SE. 2014. Monografia de Conclusão de Curso (Ciências Sociais) – Universidade Federal de Sergipe, 2014.
SEIDL, E. Disposições a militar e lógicas de investimento militante. Pro-Prosições, v. 20, n. 2(59), p. 21-39, 2009a.
______. Engajamento e investimentos militantes: elementos para discussão. In: CARRANO, P. C.; FÁVERO, O. (Org.) Narrativas juvenis e espaços públicos: olhares de pesquisas em Educação, Mídia e Ciências Sociais. Niterói: EDUFF, 2014a.
______. Engajamento e militância associativa em Sergipe: modalidades, recursos e itinerários. Cadernos CERU (USP), série 2, v. 20, n. 1, p. 155-169, 2009b.
______. Espaços de politização e processos de engajamento. In: OLIVEIRA, W. J. F. de (Org.). Engajamento e militância política em Sergipe: contexto político, engajamento individual e atuação profissional. São Cristóvão: EDUFS, 2014b.
SEIDL, E.; LEANDRO, H. W. S. Dirigentes políticos em Sergipe: um grupo em mutação? In: MARENCO DOS SANTOS, A.; GRILL, I. G.; SEIDL, E.; SOUZA, C. (Org.). Peças e engrenagens dos jogos políticos no Brasil. São Leopoldo/São Luís: Oikos/EDUFMA, 2012.
SILVA, M. K.; RUSKOWSKI, B. de O. Levante juventude, juventude é pra lutar: redes interpessoais, esferas de vida e identidade na constituição do engajamento militante. Revista Brasileira de Ciência Política, Brasília (DF), n. 3. p. 23-48, 2010.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Os artigos e demais trabalhos publicados em Política & Sociedade, periódico vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Sociologia da UFSC, passam a ser propriedade da revista. Uma nova publicação do mesmo texto, de iniciativa de seu autor ou de terceiros, fica sujeita à expressa menção da precedência de sua publicação neste periódico, citando-se a edição e data dessa publicação.
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons.