Cooperação e conflito na relação movimentos sociais e Estado
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7984.2017v16n35p321Resumo
O artigo analisa a reconfiguração das relações entre movimentos sociais e Estado no contexto brasileiro pós anos noventa, e os efeitos institucionais na ação coletiva. As interações socioestatais são examinadas através do método comparativo, aplicado a quatro organizações de movimentos sociais da região metropolitana do Espírito Santo, ao longo de três décadas (1980 a 2010), mediante instrumentos metodológicos qualitativos e quantitativos. São eles: Federação das Associações de Moradores da Serra (Fams), Conselho Popular de Vitória (CPV), Centro de Defesa de Direitos Humanos da Serra (CDDH) e Associação Capixaba de Proteção ao Meio Ambiente (Acapema). Contrariando visões dicotômicas da relação sociedade civil e Estado, o estudo identifica uma heterogeneidade de inter-relações em termos de cooperação, conflito e autonomia. A análise estabelece correlações entre os padrões de interação socioestatal e os efeitos institucionais, seja do engajamento em instituições participativas seja das conexões com instituições na gênese do movimento.
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