Da exclusão à inclusão consentida: negros e mulheres na diplomacia brasileira
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7984.2018v17n38p440Resumo
Inteligência, sofisticação, gosto apurado, domínio de várias línguas, conhecimentos estabelecidos de arte, cultura e o uso das regras de etiquetas. Esses aspectos, de forma naturalizada, compõem o habitus diplomático. A diplomacia brasileira por muito tempo se manteve fiel às normas e ao espaço que a consagravam e distinguiam do restante da sociedade brasileira, por isso até à redemocratização o Itamaraty era o espelho de sua elite, isso inclui a maioria expressiva de homens brancos. Somente a partir da segunda metade dos anos 1990 se adotam medidas mais efetivas com a preocupação de diversificar os quadros da carreira. Considerando a construção histórica do campo, do habitus diplomático e as medidas adotadas nas últimas décadas, pretende-se investigar as formas de exclusão e inclusão das minorias, sobretudo mulheres e negros. A investigação sobre esse espaço social é fundamental na medida em que a produção acerca desse campo e de seus agentes é bastante escassa. Para a análise foram empregados métodos quantitativos e qualitativos: survey, entrevistas, livros de memórias, biografias, consulta a banco de dados com a origem geográfica e formação escolar, anuários e editais de concurso.
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