Estado e sociedade civil na teoria política: alguns paradigmas, muitas trajetórias

Autores

  • Raquel Kritsch Universidade Estadual de Londrina

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7984.2014v13n28p225

Resumo

O objetivo primeiro deste artigo é discutir algumas das inúmeras definições elaboradas por pensadores políticos modernos para a noção de sociedade civil e sua particular ligação – de contiguidade ou de oposição – com a ideia de Estado. Tal reconstrução parece relevante para que possamos refletir com certo rigor analítico sobre os muitos usos de sociedade civil, ideia tão cara ao pensamento político e social, tornada hoje quase uma “entidade regulatória”, em nome da qual os mais variados tipos de agentes sociais pretendem falar e cuja vontade supõem ser capazes de interpretar, como bem ilustram os levantes populares recentes ocorridos em várias partes do mundo, inclusive, no Brasil. Para tanto, são apresentados e discutidos alguns dos modelos interpretativos mais conhecidos nas ciências sociais – Hegel, Marx, Gramsci e Habermas e Cohen e Arato – acerca do papel da sociedade civil e sua relação com o âmbito estatal. O intuito é contribuir para o enriquecimento das possibilidades analíticas relacionadas à investigação sobre a agência de atores e movimentos sociais inseridos em coletivos complexamente organizados. Destina-se, assim, principalmente, a servir de orientação teórico-metodológica para alunos de graduação que pretendem pesquisar movimentos sociais em sociedades Contemporâneas.

 

Biografia do Autor

Raquel Kritsch, Universidade Estadual de Londrina

Doutora pela Universidade de São Paulo (2000), professora no Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e coordenadora do Grupo Estudos em Teoria Política (GETEPOL).

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Publicado

2014-12-31

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Artigos