Reconhecimento e desprezo social ou os dilemas da democracia no Brasil contemporâneo: algumas considerações à luz da questão racial

Autores

  • Paulo Sérgio Costa Neves Universidade Federal deSergipe

DOI:

https://doi.org/10.5007/%25x

Resumo

Nas últimas décadas do século XX, as lutas sociais contra a discriminação de minorias (étnicas, sexuais etc.) fizeram entrar na agenda pública mundial a discussão sobre o “direito à diferença” e ao “reconhecimento”, dando novas significações às noções de justiça e de democracia. No Brasil, essa discussão apareceu após a redemocratização do país, nos anos 1980, quando movimentos sociais fizeram aflorar demandas identitárias e diferencialistas que punham em questão o status quo e desmascaravam dimensões das desigualdades pouco abordadas até então, a exemplo da discriminação racial. Neste texto, buscamos refletir sobre o papel das demandas por reconhecimento na superação de representações simbólicas que naturalizam e ajudam a manter as desigualdades no país e como as ações afirmativas inserem-se nessa problemática.

Biografia do Autor

Paulo Sérgio Costa Neves, Universidade Federal deSergipe

Possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (1989), mestrado em Sociologia e Ciências Humanas - Universite Lumiere Lyon 2 (1992) e doutorado em Sociologia e Ciências Sociais - Universite Lumiere Lyon 2 (1999). Realizou também estágios de pos-doutoramento na École des Hautes Études en Sciences Sociales (EHESS) de Paris em 2003-2004 e em 2006. Atualmente é professor associado da Universidade Federal de Sergipe. Tem experiência na área de Sociologia, com ênfase em Sociologia Política, atuando principalmente nos seguintes temas: direitos humanos, cidadania, segurança pública, relações raciais e movimentos sociais.

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Publicado

2007-08-01

Edição

Seção

Dossiê Temático