México: uma potência regional ou um Estado falido?

Abstract

Há muitos anos que o México é considerado um dos países mais importantes na região da
América Latina e Caribe. Essa opinião tem bons fundamentos. Território, localização geográfica,
economia e impacto político são fatores fundamentais que predestinam esse país ao papel da
potência regional. O processo de transição democrática que aconteceu no México nas últimas
décadas assim como a cooperação com os Estados Unidos permitem o desempenho de um papel
do líder regional.
Não obstante, México encontra também graves problemas que dificultam ao país o desempenho
do papel de um verdadeiro líder. O mais importante é a questão do desenvolvimento do
narco-business. Esse fenômeno leva não só a um aumento das atividades dos cartéis mas também
causa uma erupção de narco-violência no México. Isso cria graves problemas para as autoridades
mexicanas. O desenvolvimento do narco-business é por parte um resultado da fraqueza de certas
instituições. Por exemplo: as forças policiais não reparam a ligação entre as suas atividades e o
narcotráfico. Como efeito disso, o México não consegue garantir segurança aos seus cidadãos,
que é uma das mais importantes funções de cada estado. Será que México consegue controlar
o seu território? Certo é que definitivamente não tem monopólio do uso da violência. A grave
corrupção permite aos diferentes atores não-estatais influenciar os processos decisórios. Todos
esses problemas justificam a tese que em certas áreas o estado do México é disfuncional. Alguns
analistas vão ainda mais longe, descrevendo o México como um estado falido.
O objetivo do artigo é analisar a posição presente do México na região da América Latina e Caribe.
Será que os problemas contemporâneos são tão grandes que poderiam levar a uma queda do estado
mexicano ou será que México tem o potencial para desempenhar o papel de líder e potência
regional? O autor gostaria de investigar o impacto dos problemas internos atuais do México com
relação à sua posição geopolítica.