Pharmaceutical industry and psychiatry within the framework of Economic Sociology. A research agenda

Authors

  • Marcia da Silva Mazon UFSC

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7984.2019v18n43p136

Abstract

In this article we were interested in analyzing the relationship between the pharmaceutical industry and psychiatry and new contours of this relationship from the 1990s in Brazil. We argue, from the perspective of Economic Sociology which understands markets as social constructions, that this process gains a particular design in the country. The purpose of the article is to open a research agenda in the health and pharmaceutical industry from this framework. The methodology used was literature review and document analysis. When we talk about Brazilian psychiatry, in the 1940s this sector struggled for professional recognition with the discourse of disease prevention and the psychiatric hospital sought its space. At the heart of recent transformations of psychiatry reform and medicalization processes – in particular from the publication of the DSM Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders in its fifth version – we argue that psychiatry reinvents itself as a specialty and mobilizes the discourse of prevention. However, it is now the medicalized prevention of childhood; the hospital loses space for the pharmaceutical industry.

Author Biography

Marcia da Silva Mazon, UFSC

Departamento de Sociologia e Ciência Política

References

AGÊNCIA BRASIL. Brasil gasta 3,8% do PIB em saúde pública. Disponível em: http://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2018-11/brasil-gasta-38-do-pib-em-saude-publica. Acesso em julho de 2019.

AMARANTE, P. D. C. Saúde mental, desinstitucionalização e novas estratégias de cuidado. In: Giovanella, L ET al. Política e Sistema de Saúde no Brasil. RJ: Fio Cruz, cap 20: 735-760, 2008.

ANDRADE, L. O. M. PONTE, R. J. S, MARTINS Jr., T. A descentralização no marco da Reforma Sanitária no Brasil, Rev Panam Salud Publica/Pan Am J Public Health vol.8(1/2), 2000: 84-92, 2000. Disponível em: https://www.scielosp.org/pdf/rpsp/2000.v8n1-2/85-91/pt

BOURDIEU, P. A economia das trocas simbólicas. SP: Edit. Perspectiva, 5ª Ed., 2001.

BOURDIEU, P. O poder simbólico, RJ: Bertrand Brasil, 3ª. Ed, 2000.

BOURDIEU, P. As estruturas sociais da economia, Porto: Campo das Letras S.A, 2006.

BOURDIEU, P. La noblesse D’Etat. Grands ecoles et esprit de corps. Les Editions de Minuit, 1989.

BRZOZOWSKI, F. S. Discurso biológico cerebral e a expansão de diagnósticos psiquiátricos. In: Caponi, S. Vasques, M. F.e Verdi, M. (orgs.) Vigiar e medicar: estratégias de medicalização da infância. SP: LiberArs, pp: 147-160, 2016.

CALAÇA, C. E Capítulos da história social da medicina no Brasil. Ciência e Saúde Manguinhos, vol 12(2): 557-566; 2005.

CAPONI, S. Biopolítica e medicalização dos anormais. Physis: Revista de saúde coletiva, vol 19(2) 529-549, 2009.

CAPONI, S. (2009ª) História do poder psiquiátrico, Ciência e Saúde Coletiva, vol 14(1): 95-103.

CAPONI, S. Vigiar e medicar: o DSM 5 e os transtornos ubuescos da infância. In: Caponi, S. Vasques, M. F., Verdi, M (orgs.) Vigiar e medicar: estratégias de medicalização da infância. SP: LiberArs, pp: 29-46, 2016.

CAPONI, S. O DSM como dispositivo de segurança. Physis Revista de Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, 24 (3): 741-763, 2014.

CAPONI, S. Uma sala tranquila. Neurolépticos para uma biopolítica da indiferença.SP: LiberArs, 2019.

CFM. Atualização de posicionamento conjunto: Em defesa de boas práticas no relacionamento entre a classe médica e a indústria farmacêutica, 2017. Disponível em: http://portal.cfm.org.br/images/PDF/documento_interfarma.pdf

CFM. Institucional. 2019. Disponivel em: http://portal.cfm.org.br/

ESCOREL, S. História das políticas de saúde no Brasil de 1964 a 1990: do golpe militar a reforma sanitária. Cap. 11: 385-434. In: Giovanella, L ET al. (2008) Política e Sistema de Saúde no Brasil. RJ: FioCruz, 2008.

ESCOREL, S. e TEIXEIRA, L. A. História das políticas de saúde no Brasil de 1822 a 1963: do Império ao desenvolvimento populista. Cap. 10, PP: 333-384. In: Giovanella, FERNANDEZ, T. M. Boticas, indústrias farmacêuticas e grupos de pesquisa em plantas medicinais: origens no Brasil. In: Plantas medicinais: memória da ciência no Brasil [online]. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2004, pp. 27-76. 2004. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/csp/v22n11/12.pdf

FERST, G. C. Analise da indústria farmacêutica no Brasil: surgimento e desenvolvimento da indústria nacional. TCC, Ciências Econômicas,UFRGS, 2013.

FIGUEIREDO, J. O, PRADO, NMBL, MEDINA, MG, PAIM J.S. Gastos público e privado com saúde no Brasil e países selecionados, Saúde Debate, vol 42(no. Especial 2): 37-47, 2018.

FLIGSTEIN, N e MARA-DRITA, I. How to make a market: reflections on the attempt to create a Single Market in the European Union, Am. Journal of Sociology, 102: 1-33, 1996.

FLIGSTEIN, N e MARA-DRITA, I. Mercado como política: uma abordagem político-cultural das instituições de mercado.Contemporaneidade e Educação, ano 6(9): 26 -55, 2001.

FLIGSTEIN, N e MARA-DRITA, I. Le mythe du marché, Actes de la Recherche, 139: 3- 12, 2001ª.

FORBES, Maiores empresas farmacêuticas. 2015. Disponível em: https://forbes.uol.com.br/listas/2015/07/15-maiores-empresas-farmaceuticas-do-mundo

FOUCAULT, M. História de la medicalización. Educación médica y salúd. Vol 11 (1):1-23, 1977.

FREIDSON, E. Profissão médica: um estudo da sociologia do conhecimento aplicado. SP: Edit. UNESP; RS: Sindicato dos Médicos. (2009[1970])

GADELHA, C.A.G. Desenvolvimento, complexo industrial da saúde e política industrial. Revista de Saúde Pública, 40 (No. Esp): 11-23, 2006. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v40nspe/30617.pdf

GADELHA, C.A.G. O complexo industrial da saúde e a necessidade de um enfoque dinâmico na economia da saúde. Ciênc. saúde coletiva. Vol. 8(2): 521-535, 2003.

GIOVANELLA, L ET al. Política e Sistema de Saúde no Brasil. RJ: FioCruz, 2008.

GRÜN, R. Atores e ações na construção da governança corporativa brasileira, RBCS, vol 18 (52):149-218, 2003.

HASENKLEVER, L., FIALHO, B, KLEIN, H, ZAIRE, C. Economia industrial de empresas farmacêuticas, E-Papers, FAPERJ, 2010.

Interfarma Código de conduta. 2016. Disponível em: https://www.interfarma.org.br/public/files/biblioteca/codigo-de-conduta---revisao-2016-interfarma2.pdf

IPEA. FIUZA, E. P. S. e LISBOA, M. B Bens credenciais e poder de mercado: um estudo econométrico da indústria farmacêutica brasileira. Texto para discussão no. 846, 2001.

KORNIS, G. E.M., BRAGA, M. H., PAULA P. A. B, Transformações recentes da indústria farmacêutica: um exame da experiência mundial e brasileira no século XXI. Physis Revista de Saúde coletiva, vol 24(3): 885-908. 2014. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/physis/v24n3/0103-7331-physis-24-03-00885.pdf

LIMA, A. A. e HOLANDA, A. F, História da psiquiatria no Brasil: uma revisão da produção historiográfica (2004-2009). Estudos e pesquisas em Psicologia, UERJ, vol 10 (2): 572-595, 2010.

MARTINHAGO, F., CAPONI, S. Breve história das classificações em psiquiatria. R. Inter. Interdisc. INTERthesis, 16(1): 74-91, 2019.

ARTINHAGO, F., CAPONI, S., LAVAGNINO, P, FOLGUERA, G., CAPONI, S. Factores de riesgo y bases genéticas: el caso de déficit de attención e hiperactividad. Salud Colectiva, vol 15: 1-17, 2019.

OLIVEIRA, E. A, LABRA, M. E., BERMUDEZ, J. Cadernos de saúde pública, 22(11): 2379-2389, 2006.

ORSENIGO, L., PAMMOLLI, F. O, RICCABONI, M. Technological change and network dynamics: lessons from the pharmaceutical industry. Research Policy, Milan, Italy, vol 30 (3): 485-508, 2001.

PAULIN, L. F e TURATO, E. R. Antecedentes da reforma psiquiátrica no Brasil. Historia, ciência e saúde Manguinhos, pp: 241-258, 2004. Disponivel em: http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v11n2/01.pdf

PORTAL CFM Lei 3.268 de 1957. 2019. Disponível em: http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&id=21736:lei

PROTEC. Indústria farmacêutica é o setor que mais investe em inovação no Brasil. 2018. Disponivel em: http://protec.org.br/farmacos-e-medicamentos/36695/industria-farmaceutica-e-o-2-setor-que-mais-investe-em-inovacao-no-brasil

REARDON, T. e BERDEGUÈ, J, “The Rapid Rise of Supermarkets in Latin America: Challenges and Opportunities for Development”. Development Policy Review, vol. 20 (4) pp. 371-388, 2002.

REGO, E. C. L. Política de regulação do mercado de medicamentos: a experiência internacional. Revista do BNDES, RJ, vol. 7(14):367-400. 2000. Disponível em: https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/handle/1408/11522

RESENDE, H. Política de saúde mental no Brasil. Uma visão histórica. In: Tundis, s. A. e Costa, N. R. Cidadania e loucura: políticas de saúde mental no Brasil, 8ª. Ed., Vozes: RJ, PP: 15-73, 2007.

SCHWARCZ, L. M e STARLING, H. M. Brasil: uma biografia. 1ª. Edição. SP: Companhia das Letras, 2015.

STEPAN, L. Eugenia no Brasil: 1917-194º. In: Hochman, G e Armus D. (org) Cuidar, controlar e curar. Ensaios históricos sobre saúde e doença na América Latina e Caribe. RH: Fiocruz, Coleção Hostória e Saúde, 2012.

STEPAN, L. Beginnings of brazilian science. Oswaldo Cruz, Medical Research and Policy 1890-1920. Revue d’histoire de sciences. Vol 31(1) 95-96. 1978. Disponível em: https://www.persee.fr/docAsPDF/rhs_0151-4105_1978_num_31_1_1555.pdf

TENORIO, F. A reforma psiquiátrica no Brasil da década de 1980 aos dias atuais: história e conceitos. História, Ciências, Saúde - Manguinhos, vol. 9 (1):25-59, 2002.

VALDUGA, L. A indústria farmacêutica: uma breve historia. Revista Pesquisa e Inovação farmacêutica, vol 1(1): 40-52, 2009.

WHITAKER, R. Transformando crianças em pacientes psiquiátricos: fazendo mais mal do que bem. In: Caponi, S; M. f. Vasques-Valência e Verdi, M.(org.) Vigiar e medicar: estratégias de medicalização da infância. 1ª. Edição, Sp: LiberArs, 2016.

ZELIZER, V. Human values and the market: the case of life insurance and death in 19th-century America. American Journal of Sociology, v. 84: 591-610, 1978.

ZELIZER, V. The social meaning of money: ‘special moneys’. American Journal of Sociology. Vol. 95 (2): 342:277, 1989.

ZELIZER, V. Princing de priceless child. The changing social value of children. Princeton University Press: [S.l.]. 1994[1985].

ZELIZER, V. “Multiple markets, multiple cultures”. In: SMELSER, N., ALEXANDER, J. (Eds.) Diversity and its discontents. Princeton University Press: [S.l.]: 193- 212. 1999.

Published

2020-03-17

Issue

Section

Thematic Dossier