O “Eu” ordinal: entre aplicativos, emoções e indicadores
DOI:
https://doi.org/10.5007/2175-7984.2022.e91367Keywords:
Apps, Self-help, Emotions, Ordinal logicAbstract
The present study addresses the advent of digital self-help apps that aim to promote personal development and emotional and physical well-being. Most of these apps are guided by the principle of positive psychology, which stimulates personal growth and improve emotional skills through a neutral device (apps), which are fed with daily data from the “self” – it inspires self-monitoring practices; and, it also provides graphs and index to visualize “self” metrics. The first evidences of this work, it is inspired by economic sociology and emotions sociology, that is, emotions are consequences of personal/mental skills that permeate the materialization in numbers and statistics of the “self” =. In this way, such evidence leads us to reflect on the consumption of data from the quantification of emotions via the self-monitoring of the “self”, mediated by algorithms, and, as a result, there is an overload of the management of the self, a result of the intensification of emotional labor. (Hochschild, 2012) and relational work (Zelizer, 2005) for the construction of ordinal self-representation mediated by digital machines (Fourcade; Johns, 2020; Fourcade; Burrell, 2021).
References
ABID, L. T; GOMES, I. V. A educação e o governamento dos corpos na atualidade: uma análise
do “Movimento 21 dias por uma vida mais saudável”. Revista Sociedade e Saúde, v. 28, n. 4, p.
-242. out./dez. 2019.
APKGK. Daylio Diário: Diário de humor. 2022. Disponível em: https://apkgk.com/pt/net.daylio.
Acesso em: 5 out. 2022.
APKPURE. 2022.Disponível em: https://m.apkpure.com/br/topic/top-10-free-habit-tracker-
apps-for-android. Acesso em: 5 out. 2022.
APPLE. Cíngulo terapia guiada. 2022. Disponível em: https://apps.apple.com/pt/app/
c%C3%ADngulo-terapia-guiada/id1190110484. Acesso em: 5 out. 2022.
BOLTANSKI, L.; CHIAPELLO, E. Le nouvel esprit du capitalisme. Paris: Gallimard, 1999.
BURRELL, J.; FOURCADE, M. The Society of Algorithms. Annual Review of Sociology, v. 47,
n. 1, p. 213-237, 2021.
CABANAS, E.; ILLOUZ, E. Happycracia:Cómo la ciencia y la industria de la felicidade controlan
nuestras vidas. 1. ed. Barcelona, España: Paidós, 2019.
CASTEL, R. A Gestão dos Riscos: da antipsiquiatria à pós-psicanálise. Tradução de Celina Luz.
Rio de Janeiro: Francisco Alves Editora, 1987.
CÍNGULO.A autoavaliação do Cíngulo foi desenvolvida a partir de muitos anos de pesquisa
científica dos psiquiatras e neurocientistas criadores do app [...]. [S. l.], 6 out. 2020. Facebook:
Cíngulo App. Disponível em: https://www.facebook.com/cinguloapp/posts/981151219020776/.
Acesso em: 5 out. 2022.
CÍNGULO. A felicidade exige o rompimento de padrões e o abandono do medo[...]. [S. l.],
set. 2021. Facebook: Cíngulo App. Disponível em: https://m.facebook.com/cinguloapp/photos
/a.461412474327989/1202306386905257/. Acesso em: 5 out. 2022.
CÍNGULO. Sobre o app. 2022. Disponível em: https://www.cingulo.com/sobre-o-app/. Acesso
em: 5 out. 2022.
FOURCADE, M.; JOHNS, F. Loops, ladders and links: the recursivity of social and machine
learning. Theory and society, v. 49, n. 5/6, p. 803-832, 2020.
FOUCAULT, M. Nascimento da biopolítica. Curso dado no Collège de France (1978-1979). São
Paulo: Martins Fontes, 2008.
GOOGLE PLAY. 2022. Disponível em: https://play.google.com/store/apps/details?id=com.
cingulo.app&hl=pt_BR&gl=US. Acesso em: 5 out. 2022.
GOMES, J. G. M.; BRANDÃO, J. V.; SOUSA, M. A. Desenvolvimento de Aplicativo para
Acompanhamento Psicológico: Equilíbrio Psicoemocional. Brasília, DF: Uniceplac, 2020.
HOCHSCHILD, A. R. Emotion Work, Feeling Rules, and Social Structure. American Journal
of Sociology, v. 85, n. 3, nov. 1979. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/2778583. Acesso
em: 5 out. 2022.
HOCHSCHILD, A. R. The managed heart (3rd ed.). California: University of California Press,
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. IBGEEduca. 2019. Disponível em:https://educa.ibge.gov.br/jovens/materias-especiais/20787-uso-de-internet-
televisao-e-celular-no-brasil.html. Acesso em: 5 out. 2022.
ILLOUZ, E. Oprah Winfrey and the Glamour of Misery: An Essay on Popular Culture.
Columbia: Columbia University Press, 2003.
JACOBY, R. Amnésia Social: uma crítica à psicologia conformista de Adler a Laing. Tradução de
Sônia Sales Gomes. Rio de Janeiro: Zahar, 1977.
LATOUR, B. Reagregando o social: uma introdução à teoria do ator-rede. Salvador: EDUFBA;
Edusc, 2012.
LEITE, E. Por uma sociologia da autoajuda: o esboço de sua legitimação na sociedade
contemporânea. História, ciências e saúde – Manguinhos, v. 26, p. 917-932, 2019.
LESSA, D. M. Saúde mental na palma da mão: um olhar sobre osaplicativos de monitoramento de humor e emoções. 2019. 73 f. Trabalho de Monografia apresentado ao Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro, março, 2019.
LEVY, P. Fios do tempo: o medium algorítmico. Ateliê de Humanidades, 7 jan. 2021. Disponível
em: https://ateliedehumanidades.com/2021/01/07/fios-do-tempo-o-medium-algoritmico-por-
pierre-levy/.Acesso em: 5 out. 2022.
LUPTON, D. Corpos, prazeres e práticas do eu. Educação & Realidade: produção do corpo,
Porto Alegre, v. 25, n. 2, p. 15-48, jul./dez. 2000.
MAZON, M. da S. Saberes e discursos da psiquiatria acerca do processo saúde-doença e seus
efeitos de mercado: o consumo de psicotrópicos em questão. In:Caderno de resumos – Anais da VIII Reunião de Antropologia da Ciência e da Tecnologia, ISSN: 2358-5684 2020. Disponível em:
VIII ReACT – 22 a 26 de novembro de 2021 – react2021.faiufscar.com. Acesso 27 abr. 2023.
MAZZILLI, P. Turbinando nossos selfs: Um estudo exploratório sobre os aplicativos de autoajuda
no cenário brasileiro. 2019. 200 f. Tese de Doutorado ?Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo, São Paulo, 2019.
McGEE, M. Self-Help, Inc.: Makeover Culture in American Life. London: Oxford University Press,
NASCIMENTO, L. da C. O auto-conhecimento através dos números: As práticas de auto-
monitoramento dos quantified selves. 2014. 335 f. Tese de Doutorado Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014.
RÜDIGER, F.Literatura de auto-ajuda e individualismo. Porto Alegre: Editora Universidade
UFRGS, 1996.
SCRIBANO, A. A modo de epílogo. ¿Por qué una mirada sociológica de los cuerpos y las emociones?. In:SCRIBANO, A.; FIGARI, Y. C. (comp.). Cuerpo(s), subjetividad(es) y conflicto(s). Buenos
Aires: CLACSO-CICCUS, 2009. p. 141-151.
TIRABOSCHI, J. Felicidade: construa a sua. Os novos caminhos da ciência da felicidade. Revista
Galileu, ed. 187, 7 fev. 2022. Disponível em: https://revistagalileu.globo.com/Galileu/0,6993,E
CT939929-1706-3,00.html. Acesso em: 5 out. 2022.
WEBER, M. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. Brasília: UnB,
ZANATTA, R. A. F.; ABRAMOVAY, R. Dados, vícios e concorrência: repensando o jogo das
economias digitais. Estudos avançados, v. 33, n. 96, p. 421-446, 2019.
ZELIZER, V. The purchase of intimacy. New Jersey: Princeton, 2005.
ZELIZER, V. Dualidades perigosas. Mana, v. 15, n. 1, p. 237-256, 2009.
Downloads
Published
Issue
Section
License
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
The articles and other work published in Política & Sociedade, a journal associated to the Graduate Program in Sociology at UFSC, are the property of the journal. A new publication of the same text, whether by the initiative of the author or third parties, must indicate that it was previously published in this journal, citing the edition and date of publication.
This work is licensed under the Creative Common License