Artigo: Quando novos atores saem de cena. Continuidades e mudanças na centralidade dos movimentos sociais

Autores

  • Adrian Gurza Lavalle Universidade de São Paulo
  • Graziela Luz Castello Centro Brasileiro de Análise e Planejamento
  • Renata Mirandola Bichir Centro Brasileiro de Análise e Planejamento

DOI:

https://doi.org/10.5007/%25x

Resumo

Misteriosamente e após a grande expectativa depositada nos movimentos sociais na década de 1980, estes atores desapareceram do debate acadêmico na década de 1990. Atenta-se aqui apenas para um subconjunto de fatores envolvidos nesse aparente sumiço: mudanças na lente analítica adotada na literatura tenderam a iluminar outros atores sociais produzindo um efeito de ocultação nos movimentos sociais que, no entanto, continuaram presentes no cenário da ação coletiva com considerável vitalidade. A partir de resultados empíricos inéditos, fruto de análise – com tecnologia de redes – baseada em survey realizado na cidade de São Paulo, em 2002, com 202 atores da sociedade civil, sustenta-se aqui que os movimentos sociais mantiveram seu protagonismo no cenário da ação coletiva; no entanto, esse protagonismo é hoje compartilhado com novos atores – “articuladoras” –, criados majoritariamente nos anos 1990 por outros atores da sociedade civil.

Biografia do Autor

Adrian Gurza Lavalle, Universidade de São Paulo

possui pós-doutorado pelo Institute of Development Studies - University of Sussex (2005), doutorado em Ciência Política - Universidade de São Paulo (2001), mestrado em Sociologia - Universidad Nacional Autónoma de México (1994), e graduação em Ciencia Política y Administración Pública - Universidad Nacional Autónoma de México (1991). Atualmente é Professor Doutor do Departamento de Ciência Política da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento - CEBRAP (SP). Tem experiência na área de Sociologia Política e atuando principalmente nos seguintes temas: associativismo, sociedade civil, teoria democrática, espaço público.

Graziela Luz Castello, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento

Mestranda em Ciência Política pelo IFCH/ Unicamp, possui graduação em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2003). Tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase em Atitude e Ideologias Políticas, atuando principalmente nos seguintes temas: associativismo, sociedade civil, análise de redes, movimentos sociais e representação política.

Renata Mirandola Bichir, Centro Brasileiro de Análise e Planejamento

É graduada em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (2002) e mestre em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (2006). Desde 2007, é doutoranda em Ciência Política no Instituto Universitário de Pesquisa do Rio de Janeiro (IUPERJ). Desde 2001, é pesquisadora do Centro de Estudos da Metrópole (CEM-CEBRAP). Tem experiência na área de Ciência Política, com ênfase em Políticas Públicas, atuando principalmente nos seguintes temas: políticas públicas, pobreza, segregação, políticas sociais, redes sociais e associativismo.

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Publicado

2004-01-01

Edição

Seção

Dossiê Temático