As críticas de Augusto Comte à Economia Política

Autores/as

  • Gustavo Biscaia Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7984.2009v8n15p73

Resumen

O objetivo deste artigo é apresentar as críticas de Augusto Comte à Economia Política de sua época, bem como as propostas de reforma social daí advindas. O arcabouço metodológico consiste em categorias propostas pela História das Idéias, em particular por M. Bevir e Q. Skinner. O que poderíamos chamar de “teoria econômica comtiana” está presente na sua “Estática Social”, na parte relativa à propriedade e aos elementos materiais da sociedade, e na sua “Dinâmica Social”, no que se refere às inter-relações entre as mudanças políticas, sociais e econômicas ao longo da história. Essa teoria econômica dialoga tanto com os liberais quanto com os “comunistas”, ao afirmar, por um lado, a necessidade da propriedade, mas também, por outro lado, a subordinação da propriedade às necessidades sociais e ao criticar severamente o individualismo. Daí resultam conseqüências diretas e indiretas: por um lado, a sociedade não é redutível ao “mercado” e o Estado não pode ser omisso frente às flutuações econômicas; por outro lado, os conflitos de interesses mais imediatos de proletários e “patrícios” não podem ignorar a origem social da riqueza, sendo necessárias medidas morais e legais para regular e resolver esses conflitos. Nesse sentido, Comte é também um prenunciador do Estado de Bem-Estar Social ou, pelo menos, um teórico da justiça social.

Biografía del autor/a

Gustavo Biscaia, Universidade Federal do Paraná

Doutorando em Sociologia Política na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), sociólogo da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Publicado

2009-10-29

Número

Sección

Dossiê Temático