Entre el uso racional y la magia: consumo de metilfenidato, TDAH y colegios

Autores/as

  • Marcia da Silva Mazon UFSC
  • James Tholl UFSC

DOI:

https://doi.org/10.5007/2175-7984.2022.e91454

Resumen

El artículo propone abordar el consumo de metilfenidato para el TDAH en el espacio escolar a partir de las reflexiones de Bourdieu y Foucault. El tema del aumento del consumo de metilfenidato para el TDAH se considera ejemplar en el desafío de los límites del uso racional de los medicamentos. Si bien la intensificación de la medicalización del ámbito escolar es reciente, Foucault pondera cómo la propia difusión del poder psiquiátrico se fundamenta en el binomio escuela/hospital, sistema de salud/sistema escolar. Nos interesa comprender el impulso más reciente de la industria farmacéutica, que vende un bien, según Bourdieu, que es un bien simbólico: el discurso que lo pone en circulación es el discurso de la negación del beneficio a partir de un ejercicio de encantamiento. Mostramos cómo este discurso llega a la escuela a partir de la idea del derecho del docente a un “cuarto tranquilo” así como su efecto aparece expresado en el discurso de los docentes como “magia”.

Biografía del autor/a

James Tholl, UFSC

Mestre e doutorando do PPGSP – UFSC e membro do Núcleo de Sociologia Econômica (NUSEC), bolsista de doutorado da CAPES.

Citas

AMARAL, L. H. Novos arranjos em psiquiatria da infância e adolescência no Brasil do século XXI: a prevenção e o controle de risco em foco. Política & Sociedade, v. 19, n. 46, p. 141-174, 2020.

ANVISA/BRATS.Boletim de avaliação de tecnologias em saúde. 2014. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/produtos-para-a-saude/boletins/boletim-brasileiro-de-avaliacao-de-tecnologias-em-saude-brats-no-23.pdf.Acesso em: 15 set. 2022.

ARAUJO, C.A.; LOTUFO NETO, F.A Nova classificação Americana para os Transtornos Mentais – o DSM-5.Rev. Bras. de Ter. Comp. Cogn., v. XVI, n. 1, p. 67-82, 2004.

BACALA, A. Discursos en salud mental: construcción de subjetividades en la niñez en la ciudad de Buenos Aires. Interface (Botucatu). 2019; 23: e180464 https://doi.org/10.1590/Interface.180464

BIANCHI, E. Diagnósticos psiquiátricos infantiles, biomedicalización y DSM: ¿hacia una nueva (a)normalidad? Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Niñez y Juventud, v. 14,n. 1, p. 417-430, 2016.

BIANCHI, E.¿De qué hablamos cuando hablamos de medicalización? Sobre adjetivaciones, reduccionismos y falacias del concepto en ciencias sociales.Revista Latinoamericana de Metodología de las Ciencias Sociales, v. 9, n. 1, p. e052, 2019.

BIANCHI, E.et al.Medicalización más allá de los médicos: marketing farmacéutico en torno al trastorno por déficit de atención e hiperactividad en Argentina y Brasil (1998-2014). Saúde Soc., São Paulo, v.25, n.2, p.452-462, 2016.

BOURDIEU, P. O campo econômico. Política & Sociedade, Florianópolis, v. 4, n.6, p. 15-57, 2005.

BOURDIEU, P.As estruturas sociais da economia. Tradução de Ligia Calapes e Pedro Simões. Porto, Portugal: Campos das Letras, 2006a.

BOURDIEU, P.A produção da crença: contribuição para uma economia dos bens simbólicos. 3. ed. Porto Alegre: Zouk, 2006b.

BOURDIEU, P. Sobre o Estado: Cursos no College de France (1989-1992). São Paulo: Companhia das Letras, 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria Conjunta nº 14 sobre Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) para o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). 2022. Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/pcdt/arquivos/2022/portaria-conjunta-no-14-pcdt-transtorno-do-deficite-de-atencao-com-hiperatividade.pdf. Acesso em: 15 set. 2022.

CABAÑAS, E.; ILLOUZ, E. A ditadura da felicidade. Como a ciência da felicidade controla nossas vidas. Lisboa: Bertrand Editora; Temas e Debates, 2019.

CAPONI, S.Michel Foucault e a persistência do poder psiquiátrico. Ciência e Saúde Coletiva, v. 14, n. 1, p. 95-103, 2009a.

CAPONI; S.Biopolítica e medicalização dos anormais. Physis: Revista de saúde coletiva, v. 19, n. 2, p. 529-549, 2009b.

CAPONI, S.O DSM como dispositivo de segurança. Physis: Revista de saúde coletiva, v. 24, n. 3, p. 741-763, jul./set. 2014.

CAPONI, S.Uma sala tranquila: neurolépticos para uma biopolítica da indiferença. São Paulo: LiberArs, 2019.

CAPONI, S. et al.Sofrimento psíquico em acadêmicos da Universidade Federal de Santa Catarina. Relatório de Pesquisa – NESFHIS/UFSC. Florianópolis: UFSC, 2021.

CONRAD, 2013. CONRAD, P. Medicalization: Changing Contours, Characteristics, and Contexts. In: COCKERHAM, W. (ed.) Medical Sociology on the move. New directions in theory. Dordrecht-Heilderberg-New York-London: Springer, 2013. p. 195-214.

CORBANEZI, 2021. CORBANEZI, E. Saúde mental, depressão e capitalismo. São Paulo: UNESP, 2021

CABAÑAS E., ILLOUZ E. COREN.Consumo de Ritalina no Brasil cresce 775%. 2014. Disponível em:http://www.coren-ce.org.br/consumo-de-ritalina-no-brasil-cresce-775-em-dez-anos/. Acesso em: 15 set. 2022.

DARDOT; LAVAL, 2016. DARDOT, Pierre; LAVAL, Christian. A nova razão do mundo: ensaio sobre a sociedade neoliberal. São Paulo: Boitempo, 2016.

DORON, O. O instituto ortofrênico do doutor Voisin e a educação das crianças “fora da linha comum” na França durante a monarquia de julho (1830-1848), Estudos de Sociologia, Disponivel em: https://periodicos.fclar.unesp.br/estudos/issue/view/891

FOUCAULT, M. El poder psiquiátrico–Curso en el College de France (1973-1974). 1. ed. 1. reimp. Buenos Aires: Fondo de Cultura Economica, 2007.

FOURCADE, M. Cents and Sensibility: Economic Valuation and the Nature of “Nature”. American Journal of Sociology, v. 116, n. 6, p. 1721-77, 2011.

ILLOUZ, 2011. ILLOUZ, Eva. O amor nos tempos do capitalismo. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.

IRIART, C. Capital financiero versus complejo médico-industrial: los desafíos de las agencias regulatórias.Ciênc. saúde coletiva, v. 13, n. 5, p. 1619-1626, 2008.

LAKOFF, Andrew. Adaptative will: the evolution of attention deficit disorder. Journal of the History of the Behavioral Sciences, v. 36, n. 2, p. 149-169, 2000. DOI 10.1002/(sici)1520-6696(200021)36:2<149::aid-jhbs3>3.0.co;2-9

Lakoff, 2000.

Lavinas, L.;Gentil, D.L. Brasil anos 2000: A política social sob regência da financeirização. Novos Estudos CEBRAP, v. 37, n. 2, p. 191-211, maio/ago. 2018.

MARTINHAGO, F. et al. Factores de riesgo y bases genéticas: el caso del transtorno por deficit de atencion e hiperactividad. Salud Colectiva, v. 15, p. e1952, oct. 2019.

MARTINHAGO, F.; CAPONI, S. Controvérsias sobre o uso do DSM para diagnósticos de transtornos mentais. Physis, v. 29, n. 2, p. 1-19, 2019.

MAZON, M.S. Indústria farmacêutica e psiquiatria no quadro da Sociologia Econômica: uma agenda de pesquisa. Política & Sociedade, v. 18, n. 43, p. 136-161, 2019.

MAZON, M. S. Dos diagnósticos aos manuais: mercado farmacêutico e transtornos mentais da infância em questão. Política & Sociedade, v. 19, n. 46, p. 115-140, 2020.

MAZON, M. S. Por que a indústria farmacêutica é diferente das outras? Saúde mental, ciência e psicotrópicos em questão. In:Caponi, S.; Brzozowski, F. S.; Lajonquière, L. (ed.). Saberes espertos e medicalização no domínio da infância. São Paulo: LiberArs, 2021. p. 33-52.

MAZON, M.S.; BRZOZOWSKI, F. S. Nootropics in the era of affective capitalism: drug consumption and discourse effects. In:Barbosa-Fohrmann; A. P.; Caponi, S. (ed.).Latin American Interdisciplinary Perspectives on the Bioethics of Intellectual and Psychosocial Disabilities. [S.l.]: Ed. Springer. (No prelo).

PANDE, M. N. R.; AMARANTE, P.D. C; BAPTISTA, T. W. F.Este ilustre desconhecido: considerações sobre a prescrição de psicofármacos na primeira infância. Ciência & Saúde Coletiva, v. 25, n. 6, p. 2305-2314, 2020.

ROSE, N. A política da própria vida: biomedicina, poder e subjetividade no século XXI. São Paulo: Paulus, 2013a.

ROSE, N. The human science in a biological age. Theory, Culture & Society, v. 30, n. 1, p. 3-34, 2013b.

TIMIMI

WHITAKER, R. Anatomia de uma pandemia: pílulas mágicas, drogas psiquiátricas e o aumento assombroso da doença mental. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2017.

ZELIZER, V. Human values andthe market: the case of life insurance and death in 19thcentury America. American Journal of Sociology, v. 84, n. 3, p. 591-610, 1978.

ZELIZER, V. Economic lives: how culture shapes the economy. Princeton: Princeton University Press, 2011.

Publicado

2023-06-21

Número

Sección

Dossiê Temático