Insensitive Enough Semantics
DOI:
https://doi.org/10.5007/%25xResumen
De acordo com alguns filósofos, sentenças como (1) “Está chovendo” e (2) “João está pronto” são sentenças sensíveis ao contexto mesmo não contendo dêiticos ou demonstrativos. Tal concepção deu início a uma intensa atividade no que diz respeito a sensibilidade ao contexto. Cappelen e Lepore (2005) resumem essa agitação por meio do slogan “Toda sentença é sensível ao contexto” (Insensitive Semantics, p. 6, nota 5). Eles propõem uma concepção que denominam Minimalismo, segundo a qual as condições de verdade de sentenças como (1)/(2) são precisamente o que nos dá a Convenção T. Distinguirei diferentes proposições, e recolocarei o foco da semântica nas sentenças. Diferentemente do que pensam os protagonistas desse debate continuado, afirmo que o conteúdo ou condições de verdade de proferimentos tanto de sentenças sensíveis ao contexto quanto de sentenças como (1)/(2) não são interessantes de um ponto de vista semântico, e que o problema levantado por sentenças como (1)/(2) não é sobre a sensibilidade ou não ao contexto de sentenças, mas sobre a relevância do contexto de proferimento.
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