Não-reflexividade e quantificação
DOI:
https://doi.org/10.5007/1808-1711.2012v16n1p33Resumen
Falando informalmente, o Princípio da Identidade, um dos enunciados considerados como uma das principais “leis da lógica”, nos garante em uma de suas formulações mais conhecidas que todo objeto é idêntico a si mesmo. Sistemas de lógica não-reflexiva, grosso modo, são lógicas em que este princípio não é válido irrestritamente. Uma das dificuldades para estes sistemas provém do uso dos quantificadores: argumenta-se que para que os quantificadores façam sentido, devemos pressupor o conceito de identidade, e deste modo, sistemas de lógica não-reflexiva empregando quantificadores pressupõe a validade de uma forma do princípio da identidade que se desejava derrogar. Argumentaremos que podemos compreender o uso da quantificação em sistemas não-reflexivos sem pressupor a identidade. Faremos isto tanto de um ponto de vista sintático quanto semântico. Finalizamos com algumas considerações sobre a linguagem natural e sua relação com sistemas não-reflexivos.
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