Hume e as bases científicas da tese de que não há acaso no mundo

Autores/as

  • Silvio Seno Chibeni Departamento de Filosofia Instituto de Filosofia e Ciências Humanas ( IFCH) - Universidade Estadual de Campinas ( UNICAMP), Brazil

DOI:

https://doi.org/10.5007/1808-1711.2012v16n2p229

Resumen

Tanto no Tratado da Natureza Humana como na Investigação sobre o Entendimento Humano, Hume mostra-se convencido de que “não há acaso no mundo”, e que “aquilo que o vulgo chama de acaso não passa de uma causa secreta e escondida”. Essa tese desempenha papel crucial em sua análise do livre-arbítrio e, conseguintemente, da responsabilidade moral; é também um elemento importante em sua discussão sobre os milagres. No entanto, o próprio Hume ofereceu, no Tratado, um argumento convincente para mostrar que o princípio de causalidade, segundo o qual tudo o que começa a existir tem uma causa, não pode ser conhecido a priori, por intuição ou demonstração. Logo, essa “opinião tem necessariamente de provir da observação e experiência”. O presente trabalho examina essa tese, mostrando, inicialmente, qual era a proposta de Hume para fundar na experiência o princípio de causalidade, e depois qual, de fato, teria sido o mais robusto fundamento para esse princípio: a mecânica newtoniana. Explica-se, por fim, como esse fundamento empírico indireto e o próprio argumento de Hume foram solapados pela física quântica, no século XX.


Biografía del autor/a

Silvio Seno Chibeni, Departamento de Filosofia Instituto de Filosofia e Ciências Humanas ( IFCH) - Universidade Estadual de Campinas ( UNICAMP), Brazil

Professor Associado (Livre-Docente) do Departamento de Filosofia
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas ( IFCH) - Universidade Estadual de Campinas ( UNICAMP), Brazil

Publicado

2013-02-18

Número

Sección

Articles