Realidades Sociais, Cognição e Linguagem

Autores/as

  • Luiz Henrique de A. Dutra Universidade Federal de Santa Catarina

DOI:

https://doi.org/10.5007/1808-1711.2014v18n1p25

Resumen

Este artigo trata da natureza ou estatuto ontológico das entidades sociais. As críticas tradicionais à sociologia de origem durkheimiana, por exemplo, levantam a questão da reificação do social. A autonomia das realidades sociais e sua irredutibilidade às realidades psíquicas e físicas é o foco de nossa discussão. Suprimidos os seres humanos, deixariam de existir as realidades sociais, mas isso não implica que os eventos sociais dependam apenas de variáveis psíquicas. Procuramos argumentar em favor da tese de autonomia do social e de sua determinação descendente sobre o comportamento dos indivíduos humanos. Para isso, introduzimos as noções de espaço linguístico e espaço cultural, que são elas próprias realidades abstratas e que nos permitem analisar a origem social de nossos conceitos e valores. Defendemos que os objetos culturais são reais de maneira perspectivista, isto é, eles existem apenas do ponto de vista humano, mas são realidades objetivas, todavia, uma vez que não são elimináveis, nem redutíveis e, além disso, possuem força normativa sobre o comportamento dos indivíduos.

Publicado

2014-05-01

Número

Sección

Articles