Putnam, Kuhn e a relatividade conceitual
DOI:
https://doi.org/10.5007/1808-1711.2016v20n2p285Resumen
A caracterização da relatividade conceitual em Putnam e em Kuhn não deve restringir-se à afirmação de que a existência de objetos é relativa a um esquema conceitual, mas não se dá em virtude dele. Isso não captura diferenças relevantes entre suas formulações. Entendemos que a tese da relatividade conceitual contém uma afirmação sobre a estreita relação entre esquema conceitual e conteúdo, e outra sobre as diferenças entre esquemas conceituais. Depois de propor uma reconstrução de cada uma delas, defenderemos que, embora ambas cumpram um papel crítico contra o realismo metafísico, a formulação de Putnam evita o relativismo cognitivo quanto à compreensão, que decorre da incomensurabilidade semântica de Kuhn. Argumentaremos que elas se aplicam a domínios distintos: enquanto a relatividade conceitual de Putnam se põe no registro da estrutura das teorias científicas, Kuhn considera sua tese no domínio da dinâmica do desenvolvimento da ciência. Desse modo, notaremos que apenas Kuhn pode admitir ambas as formulações e que o compromisso de Putnam com o realismo é incompatível com a incomensurabilidade semântica, um dos componentes da tese da relatividade conceitual kuhniana.
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