Fisicismo Não-Reducionista: Uma atitude sem conteúdo congnitivo? Sobre o desafio de Bas Van Fraassen
DOI:
https://doi.org/10.5007/%25xResumo
De acordo com a concepção dominante de causação, eventos espácio-temporalmente localizáveis que podem ser designados por termos singulares e descrições definidas são os únicos relata genuínos da relação causal. Isto dá apoio e é apoiado pela dicotomia aceita entre a explicação causal, concebida como uma
relação intensional entre fatos ou verdades, e a relação natural e extensional da causação. O ensaio questiona este modo de ver e argumenta pela legitimidade da noção de causação por fatos: os relata de muitas relações expressas pelo conector sentencial ‘(O fato) C causa (o fato) E’ podem ser causas e efeitos genuínos (I). Esta visão expandida da causação é então aplicada ao problema da causação mental. Assumindo a verdade do realizacionismo físico, o ensaio explora a conexão entre eficácia causal e relevância contrafactual de propriedades. Mostra-se que, pelo menos em muitos casos, as ligações contrafactuais corretas, requeridas pela causação, podem ser encontradas somente no nível dos fatos realizados, não no nível mais básico dos fatos realizadores (II). Finalmente, dadas as similaridades entre a defesa do fisicismo não-reducionista esboçada aqui e as tentativas menos modestas de justificação científica das
pretensões do materialismo metafísico, justamente criticadas por van Fraassen como manifestações da ‘falsa consciência’, considera-se se e como a argumento principal do ensaio pode evitar o juízo crítico de van Fraassen (III).
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