The implicature theory: a case study
DOI:
https://doi.org/10.5007/1808-1711.2010v14n3p405Resumo
Várias tentativas foram feitas pelos teóricos da referência direta para acomodar o dado intuitivo da opacidade referencial— a não ocorrência de substituição mútua salva veritate de nomes próprios co-referenciais nas orações subordinadas, precedidas por ‘que’, nas orações em que se atribuem atitudes proposicionais. A teoria defendida por Nathan Salmon, em seu livro de 1986 Frege’s Puzzle, é provavelmente a versão mais bem elaborada daquilo a que adiante nos referimos como ‘a Teoria Implicativa’. Salmon sustenta que a opacidade referencial é uma ilusão decorrente de nossa incapacidade de distinguir o conteúdo semântico de atribuições de crenças das suas ‘partilhas pragmáticas’, como Salmon as chama. Lamentavelmente, seu trabalho deixa de todo misterioso o mecanismo rotineiro de produção de tais partilhas pragmáticas. Salmon limita-se a sugerir vagamente que estão envolvidas implicaturas conversacionais griceanas. Minha tese central neste artigo é a de que Salmon está equivocado, visto que as partilhas pragmáticas necessárias à sua teoria não satisfazem o critério de cancelabilidade, o que deveria ocorrer sempre que estamos às voltas com uma genuína implicatura conversacional. O argumento apresentado, até onde o saibamos, é inteiramente original.
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