On the Structure of Rationality in the Thought and Invention or Creation of Physical Theories

Autores

  • Michel Paty Equipe Rehseis – Laboratoire Sphere (Science, Philosophie, Histoire, Recherche et Enseignement) UMR 7219 CNRS et Université Paris 7 – Diderot

DOI:

https://doi.org/10.5007/1808-1711.2011v15n2p303

Resumo

Queremos considerar a questão, recorrente ao longo da história da filosofia, da relação entre o racional e a matemática, perguntando-nos em qual medida a estuturação do racional, que assegura a unidade da sua função sob formas diversificadas (e até sob uma evolução de tais formas), poderia ser vista como homeomorfa à esta do pensamento matemático, tomado no seu movimento e concretizado nas suas teorias. Essa ideia, na verdade tão antiga quanto a própria filosofia, apesar de não ter sido dominante, encontra-se sempre até hoje em um certo grau no pensamento da ciência moderna, em Descartes bem como em Kant, Poincaré ou Einstein (e alguns outros cientistas e filósofos). Ela foi muitas vezes duramente criticada, notavelmente no período contemporâneo, seja em decorrência do fracasso do programa logístico, seja devido à diversidade dos conhecimentos “empíricos”, seja, de maneira geral, em razão do carater transitório, evolutivo e construído dos conhecimentos científicos. No entanto, o exame do pensamento científico no seu procedimento inventivo e criador permite caracterizar este pensamento como sendo uma forma racional, cujas configurações podem ser detalhadas com certa precisão. No presente trabalho esboçamos algumas exigências filosóficas para tal programa de pesquisa, dentro das quais uma harmonização, e até uma conciliação, das noções de racional, de visão intuitiva e de pensamento criador. Em seguida, examinaremos alguns procedimentos de pensamento científico criador a respeito do conhecimento e da compreensão do mundo, diferentes desses da matemática e no entanto ficando em estreito relacionamento com esta. As teorias físicas contemporâneas são testemunhas privilegiadas a esse respeito, pois nelas o pensamento racional dos fenômenos recorre, de maneira intrínseca, ao pensamento matemático, este contribuindo à estruturação e à expressão dos seus conceitos (expressão que implica os conteúdos físicos desses mesmos conceitos). A Teoria da Relatividade Geral e a Teoria Quântica são exemplares a esse respeito, pois elas revelam diretamente o que pode ser chamado de “arrastamento do pensamento físico pela forma matemática”: este último permite ultrapassar os limites do conhecimento anterior. Tal procedimento está estreitamente ligado às modalidades e à estrutura do pensamento rational subjacente. É isso que tentaremos mostrar.

 

Biografia do Autor

Michel Paty, Equipe Rehseis – Laboratoire Sphere (Science, Philosophie, Histoire, Recherche et Enseignement) UMR 7219 CNRS et Université Paris 7 – Diderot

Equipe Rehseis – Laboratoire Sphere (Science, Philosophie, Histoire,

Recherche et Enseignement)

UMR 7219

CNRS et Université Paris 7 – Diderot

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Publicado

2011-05-24

Edição

Seção

Artigos