Peirce Sobre Analiticidade
DOI:
https://doi.org/10.5007/1808-1711.2012v16n3p393Resumo
Neste artigo examinamos a reconstrução que Charles S. Peirce faz da divisão kantiana analítico/sintético, amparada por sua fenomenologia, semiótica e pragmatismo. A análise dos escritos sobre matemática do filósofo sugere uma noção de verdades analíticas a posteriori e necessárias, isto é, de proposições que expressam uma crença justificável na experiência, mas cuja generalização é válida para todos os mundos possíveis. Essa era uma ideia inovadora na ocasião em que Peirce a formulou, no século 19, e contrasta com a tradição analítico-semântica advinda de Frege e contestada por Quine nos anos 1950. A noção de analiticidade de Peirce resulta de sua descoberta da lógica dos relativos, que levou o filósofo a revisar o raciocínio dedutivo, dividindo-o em corolarial e teoremático, e que, por sua vez, permite entender porque a matemática é, ao mesmo tempo, dedutiva e não-trivial.
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