Revoluções, incomensurabilidade e racionalidade científica nos escritos tardios de Thomas Kuhn

Autores

  • Tamires Dal Magro Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.5007/1808-1711.2013v17n1p183

Resumo

Kuhn continuou produzindo filosofia de muito boa qualidade após A estrutura das revoluções científicas (1962), até seu falecimento em 1996. Este artigo descreve as mudanças em seu pensamento a respeito de três teses: (1) a de que o desenvolvimento da ciência não é cumulativo, (2) a de que paradigmas são incomensuráveis e (3) a de que a escolha de novos paradigmas nos períodos de revolução não se baseia apenas em observações e raciocínios lógicos. Essas três teses foram objeto de controvérsias na recepção inicial da obra de Kuhn, motivando fortes críticas à imagem da ciência alegadamente defendida pelo autor. Em resposta a essas críticas Kuhn enfatizou o aspecto realista de sua filosofia e reformulou em termos mais linguísticos as teses (1) e (2), mas deixou inalterada a tese (3). Argumentamos que as mudanças introduzidas em (1) e (2) tornaram as concepções de Kuhn mais precisas e menos abrangentes, e que a tese (3) não chegou a ser adequadamente desenvolvida.

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Publicado

2013-04-01

Edição

Seção

Artigos