Realismo cognitivo, naturalismo e pragmatismo ético: a estrutura normativa das “formas de vida” segundo Habermas e Putnam

Autores

  • Erick Lima

DOI:

https://doi.org/10.5007/1808-1711.2013v17n3p459

Resumo

Pretendo explicitar algumas implicações epistemológicas do debate entre Putnam e Habermas acerca da objetividade dos valores. Inicialmente, gostaria de construir, recorrendo a reflexões em filosofia da linguagem e no neopragmatismo, o horizonte teórico no qual se possa entender de maneira menos unilateral a relação entre naturalismo e a normatividade das “formas de vida” (1). Tais considerações devem funcionar como uma explanação do contexto filosófico em que se desenvolve o debate Habermas/Putnam. Em seguida, gostaria de resumir a posição de Putnam (2). Em terceiro lugar, a partir daquilo que parece ser a direção argumentativa compartilhada, pretendo evidenciar a pertinência do debate para os atuais questionamentos em filosofia prática, delineando os contornos do “pragmatismo ético” (3). Finalmente, procuro mostrar que Habermas escapa à crítica de Putnam aderindo implicitamente à tese da vinculação da moral deontológica a uma orientação axiológica em termos de vulnerabilidade (4).

Biografia do Autor

Erick Lima

Departamento de Filosofia

Universidade de Brasília.

Programa de Pós-graduação em Filosofia

Universidade de Brasília (PPGFIL-UnB).

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Publicado

2013-09-28

Edição

Seção

Artigos