Utopias and Dystopias as Models of Social Technology

Autores

  • Ivan Ferreira da Cunha Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Estadual de Maringá.

DOI:

https://doi.org/10.5007/1808-1711.2015v19n3p363

Resumo

Este artigo apresenta algumas propostas para a ciência social defendida por Otto Neurath, com foco na utopia científica. Neurath sugere que os cientistas sociais devem formular ideais de arranjos sociais no estilo utópico, com o objetivo de discutir propostas científicas com uma comunidade. Utopias são consideradas como modelos das ciências sociais, no sentido proposto por Nancy Cartwright. Este ponto de vista é contrastado com a alegação de que o cientificismo pode levar a consequências distópicas no planejamento social, provenientes da ficção de Aldous Huxley e da filosofia da ciência de Paul Feyerabend. Assim, a ciência social, exibe uma característica incomum: às vezes um modelo tem que rejeitado, apesar do seu funcionamento perfeito, porque ele traz consequências indesejadas. No planejamento de uma sociedade livre e democrática, esta ambiguidade da utopia e distopia é altamente desejável, pois estimula debates essenciais. As ciências sociais, portanto, devem ser consideradas do ponto de vista plural e falibilista.

Biografia do Autor

Ivan Ferreira da Cunha, Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Estadual de Maringá.

É graduado em Filosofia pela Universidade Estadual de Londrina (2005); concluiu o mestrado (2008) e o doutorado (2012, na área de Lógica e Epistemologia pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina. Durante o doutorado, foi pesquisador visitante na University of Pennsylvania (06/2010-05/2011, Philadelphia, EUA.

Publicado

2015-09-08

Edição

Seção

Artigos