Efeitos da suplementação de creatina no exercício intermitente de alta intensidade: divergências e recomendações metodológicas

Autores

  • Bruno Gualano Escola de Educação Física e Esporte da USP. São Paulo. Brasil.
  • Fabiana Braga Benatti Escola de Educação Física e Esporte da USP. São Paulo. Brasil.
  • Júlio César Batista Ferreira Escola de Educação Física e Esporte da USP. São Paulo. Brasil.
  • Emerson Franchini Escola de Educação Física e Esporte da USP. São Paulo. Brasil.
  • Patrícia Chackur Brum Escola de Educação Física e Esporte da USP. São Paulo. Brasil.
  • Antonio Herbert Lancha Junior Escola de Educação Física e Esporte da USP. São Paulo. Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2008v10n2p189

Resumo

Após breve revisão da literatura existente acerca dos efeitos da suplementação de creatina no rendimento em atividades intermitentes de alta intensidade, o objetivo principal dessa revisão foi discutir diferenças metodológicas dos estudos que possam explicar a divergência encontrada na literatura. Os efeitos da suplementação de creatina no exercício intermitente de alta intensidade são bastante investigados. Embora existam inúmeros achados demonstrando a efi cácia desse suplemento nesse tipo de atividade, outras tantas evidências não suportam tal efeito ergogênico. A explicação para essa divergência parece ser multifatorial, porém sempre ligada às questões metodológicas. O modelo do estudo (crossover ou grupos independentes paralelos), a variabilidade individual no conteúdo muscular de creatina, o alto consumo de carnes, o tamanho da amostra, as características do protocolo de exercício (dependência do peso corporal e tempo de intervalo entre as séries), e diferenças de gênero e idade entre estudos são potenciais variáveis que explicam, em maior ou menor magnitude, a discrepância na literatura. Estudos envolvendo homens jovens, com modelo de grupos paralelos, poder estatístico satisfatório, controle da incorporação de creatina muscular, avaliação do consumo alimentar e protocolos de exercícios intermitentes máximos, cujo rendimento não depende do peso corporal, com intervalos de recuperação entre 1 a 6 minutos, tendem a apresentar resultados positivos. Os diversos fatores metodológicos que podem contribuir para a divergência acerca do tema devem ser considerados quando da realização de futuros estudos, bem como no momento da prescrição desse suplemento.

Biografia do Autor

Bruno Gualano, Escola de Educação Física e Esporte da USP. São Paulo. Brasil.

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Currículo Lattes

Fabiana Braga Benatti, Escola de Educação Física e Esporte da USP. São Paulo. Brasil.

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Júlio César Batista Ferreira, Escola de Educação Física e Esporte da USP. São Paulo. Brasil.

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Emerson Franchini, Escola de Educação Física e Esporte da USP. São Paulo. Brasil.

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Antonio Herbert Lancha Junior, Escola de Educação Física e Esporte da USP. São Paulo. Brasil.

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Publicado

2008-07-18

Edição

Seção

Artigos de Revisão