Medidas auto-referidas são válidas para avaliação do estado nutricional na população brasileira?

Autores

  • Raildo da Silva Coqueiro
  • Lucélia Justino Borges
  • Valbério Candido Araújo
  • Andreia Pelegrini
  • Aline Rodrigues Barbosa

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2009v11n1p112

Resumo

As medidas auto-referidas têm sido amplamente utilizadas para avaliar o estado nutricional em estudos epidemiológicos. Este ponto de vista teve o propósito de tecer considerações sobre a validade do uso das medidas de massa corporal e estatura referidas, para a avaliação do estado nutricional em crianças, adolescentes, adultos e idosos no Brasil. As evidências disponíveis sugerem que: a) em crianças, a utilização de medidas auto-referidas não é recomendada, devido à inexistência de estudos nacionais; b) em adolescentes, essas medidas devem ser utilizadas com cautela, visto que o único estudo realizado no país foi restrito a uma amostra local e pode não representar a realidade das demais regiões; c) em adultos, o uso desse método pode ser considerado uma alternativa viável para avaliar e monitorar o estado nutricional, em situações nas quais não é possível a medida direta dessas informações; d) em idosos, ainda não é possível recomendar a utilização das medidas auto-referidas por dois motivos: 1) os estudos não foram conduzidos especificamente com indivíduos acima de 60 anos; 2) esse grupo etário tende a estimar com menor acurácia essas medidas.

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Publicado

2009-01-01

Edição

Seção

Ponto de Vista