Estado nutricional e prevalência de síndrome metabólica em futebolistas amadores

Autores

  • Luciano Meireles de Pontes Universidade Federal de Pernambuco. Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação Física.
  • Maria do Socorro Cirilo de Sousa Universidade Federal da Paraíba. João Pessoa, PB. Brasil

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2009v11n1p22

Resumo

O objetivo do estudo foi avaliar o estado nutricional e identificar a prevalência de síndrome metabólica em futebolistas amadores. Foram estudados 32 homens (39,0±6,4anos) com prática habitual de futebol. O estado nutricional foi avaliado por meio do Índice de Massa Corporal (IMC) e a classificação da World Health Organization e a síndrome metabólica pelo critério do International Diabetes Federation que considera para o sexo masculino, além da obesidade central (circunferência da cintura > 90cm), duas ou mais das seguintes condições: trigliceridemia ? 150mg/dl; níves de HDL < 40mg/dl; pressão sistólica ? 130mmHg ou diastólica ? 85mm/Hg; e glicemia em jejum ? 100mg/dl. A análise estatística processou dados descritivos de percentuais, média, mínimo, máximo, desvio padrão e inferência de correlações entre pares de variáveis por meio do coeficiente “r” de Pearson. Os resultados mostraram que 43,8% dos futebolistas são eutróficos, 43,8% são acometidos pelo sobrepeso e 12,5% obesidade. A ocorrência de síndrome metabólica foi 37,5% e seus componentes mais prevalentes foram: 59,4% obesidade abdominal, 40,6% hipertensão, 34,4% hipertrigliceridemia, 28,1% HDL-c e 15,6% glicemia em jejum. O IMC apresentou correlação mais robusta com a circunferência da cintura (r=0,918). Concluiu-se que os futebolistas investigados apresentaram ocorrência de sobrepeso e obesidade em seu estado nutricional e apesar da freqüência de síndrome metabólica se apresentar inferior a outros estudos epidemiológicos, acredita-se que além da prática de atividade física, estes desportistas devem aderir a outros comportamentos promotores de saúde como a adesão a bons hábitos alimentares e ao controle do estresse.

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Publicado

2009-01-01

Edição

Seção

Artigos Originais