Aptidão cardiorrespiratória: relação com o sistema imunológico de dolescentes
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-0037.2009v11n4p478Resumo
Este trabalho visa verificar a relação da aptidão cardiorrespiratória com a contagem de células do sistema imunológico (SI) de adolescentes. Amostra composta de 102 meninos (R) e 131 meninas (M) (12 a 17 anos). O IMC foi calculado e categorizado (Cole et al) e VO2máx relativo e absoluto obtidos pelo teste de 20 metros (Léger et al.) sendo categorizados por Rodrigues et al. Foi realizado análise dos estágios maturacionias (Tanner). A células do SI foi obtida pelo leucogram. Hipotetizou-se (H) que indivíduos com maior VO2máx apresentariam maior razão de chances na contagem das células do SI. Empregou-se análise de distribuição, de frequências, teste t de Student, ANOVA one-way e regressão logística binária (p< 0,05). O excesso de peso foi verificado em 27,8% nos R e 13,2% nas M. Os valores do VO2máx ficaram entre 29 a 59 ml.kg-1.min-1 e 25 a 53 ml.kg-1.min-1 para R e M, respectivamente. A quantidade células do SI foi maior para as M: Leucócitos (R= 5697,1 cel.ml; M=6496,9 cel.ml; t=3,959; p=0,000); Segmentados (R= 3288,1 cel.ml; M=4023,8 cel.ml; t=4,145; p=0,000); e Neutrófilos (R= 3306,9 cel.ml; M=4101,2 cel.ml; t=4,431; p=0,000). Enquanto que Eosinófilos (R= 286,1 cel.ml; M=211,1 cel.ml; t=2,644; p=0,009) foram maio-res para os R. Verificou-se diferenças entre os púberes dos pós púberes para Leucócitos e Segmentados somente nas M. A análise do VO2máxrel. indicou que as M com baixa aptidão cardiorrespiratória tem 4,6; 2,76; 3,57 mais chances de terem respectivamente eosinófilos, linfócitos e monócitos abaixo do percentil 50, assim como ao observar o VO2máxabs., os R com regular aptidão tem 9,0; 5,16; 9,65 mais chances de terem respectivamente de leucócitos, monócitos e neutrófilos abaixo do percentil 50. As M com aptidão regular apresentaram 3,0 vezes mais chances de terem leucócitos e neutrófilos abaixo do percentil 50. Conclui-se que quanto mais alto for o VO2máx, melhor a contagem de células do SI nos adolescentes.
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