Índice de tensão específica dos flexores do cotovelo em homens treinados e não treinados

Autores

  • Thiago Torres Matta Unversidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ. Brasil
  • Belmiro Freitas Salles Unversidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ. Brasil
  • Juliano Spinetti Unversidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ. Brasil
  • Roberto Simão Unversidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ. Brasil
  • Liliam Fernandes Oliveira Unversidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ. Brasil

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2010v12n1p62

Resumo

O índice de tensão específica (ITE) estima a relação entre o torque máximo (TQ) e o volume muscular (VM) para uma tarefa específica, e inclui a espessura muscular (EM) como um parâmetro medido diretamente pela ultrassonografia. O objetivo do presente estudo foi comparar o VM, TQ e ITE dos flexores do cotovelo entre indivíduos treinados e não treinados em força. Participaram do estudo 40 homens, sendo 11 treinados em força há pelo menos dois anos [grupo treinado (GT): 23,5 ± 3,1 anos; 182,1 ± 4,9 cm; 88,1 ± 8,4 kg], e 29 não treinados [grupo não treinado (GNT): 29,8 ± 1,6 anos; 172,4 ± 6,6 cm; 76,4 ± 8,1 kg]. O ITE dos flexores de cotovelo de ambos os grupos foi calculado como sendo a razão do torque pelo VM. A EM através da ultra-sonografia foi utilizada para estimativa do VM. O torque de flexão do cotovelo (TQ) foi obtido em teste de contração voluntária isométrica máxima (CVIM). Teste não paramétrico de Mann-Whitney foi utilizado para verificar possíveis diferenças no TQ, ITE e VM entre grupos. O VM e o TQ apresentaram valores significativamente maiores no GT (526,07 ± 86,13 cm3; 112,04 ± 24,18 Nm), quando comparados aos valores apresentados pelo GNT (385,40 ± 80,89 cm3; 88,46 ± 13,77 Nm), porém, não foram encontradas diferenças estatísticas para o ITE entre os grupos GT (0,213 ± 0,03 Nm.cm-3) e GNT (0,233 ± 0,02 Nm.cm-3). O ITE dos flexores de cotovelo não apresentou valores reduzidos para o GT, sugerindo a manutenção da linearidade da relação força-volume. O TQ e a estimativa de VM mostraram-se confiáveis na distinção dos grupos, e a medida de ITE pode contribuir para análise mais aplicada, no campo da prática clínica e da prescrição de atividades físicas, como um indicador de níveis não adequados de sobrecarga e de risco de lesão.

Biografia do Autor

Thiago Torres Matta, Unversidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ. Brasil

Belmiro Freitas Salles, Unversidade do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ. Brasil

Juliano Spinetti, Unversidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ. Brasil

Roberto Simão, Unversidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ. Brasil

Liliam Fernandes Oliveira, Unversidade Federal do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ. Brasil

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Publicado

2010-12-11

Edição

Seção

Artigos Originais