Efeitos do treinamento resistido sobre a força muscular de idosas: uma comparação entre métodos

Autores

  • Ricardo Moreno Lima Universidade de Brasília. Faculdade de Educação Física. Brasília, DF, Brasil.
  • Martim Bottaro Universidade de Brasília. Faculdade de Educação Física. Brasília, DF, Brasil.
  • Rodrigo Luiz Carregaro Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Curso de Fisioterapia. Campo Grande, MS, Brasil.
  • Jaqueline Fernandes de Oliveira FacuCentro Universitário UNIEURO. Faculdade de Educação Física. Brasília, DF, Brasil.
  • Lídia Mara Aguiar Bezerra Universidade Católica de Brasília. Faculdade de Educação Física. Brasília, DF, Brasil.
  • Ricardo Jacó Oliveira Universidade de Brasília. Facul¬dade de Educação Física. Brasília, DF, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2012v14n4p409

Resumo

O treinamento de força (TF) proporciona ganhos de força muscular (FM) em idosos. Entretanto, a magnitude pode variar consideravelmente conforme o método de avaliação utilizado. O estudo teve como objetivo comparar dois métodos de avaliação de força muscular após programa de TF em idosas. Participaram 61 idosas (idade média de 66,8 ± 5,8 anos), submetidas a um programa com duração de 24 semanas. Os exercí­cios contemplaram os principais grupos musculares. A FM dos extensores do joelho foi avaliada pelo teste da repetição máxima (1RM) e pelo dinamômetro isocinético (60º.s-1) antes e após o TF. Aplicou-se uma ANOVA 2X2 para comparar os métodos e a FM após o programa de TF. Observou-se que a FM aumentou significativamente após a intervenção, em ambos os métodos. Os incrementos na FM foram de 16,7% e 54,7% para o isocinético e 1RM respectivamente. Os incrementos avaliados pela 1RM foram significativamente (P<0,001) superiores aos mensurados pelo isocinético. Apesar dos valores estarem dentro dos limites de concordância, a diferença entre 1RM e Isocinético diminuiu conforme o aumento da FM pós-treinamento. Concluiu-se que, embora o TF promova aumento da FM em idosas, a magnitude desse ganho varia substancialmente em função do método utilizado. Ao que parece, o uso da 1RM pode superestimar os ganhos de FM e influenciar a interpretação funcional dos efeitos proporcionados pelo TF.

Biografia do Autor

Ricardo Moreno Lima, Universidade de Brasília. Faculdade de Educação Física. Brasília, DF, Brasil.

Professor do curso de Fisioterapia

Publicado

2012-06-20

Edição

Seção

Artigos Originais