Adaptações neuromusculares ao treinamento de força e concorrente em homens idosos.

Autores

  • Eduardo Lusa Cadore Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação Física. Laboratório de Pesquisa do Exercício. Porto Alegre, RS. Brasil
  • Ronei Silveira Pinto Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação Física. Laboratório de Pesquisa do Exercício. Porto Alegre, RS. Brasil
  • Luiz Fernando Martins Kruel Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação Física. Laboratório de Pesquisa do Exercício. Porto Alegre, RS. Brasil

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2012v14n4p483

Resumo

O objetivo desse estudo foi revisar os resultados acerca das adaptações neuro-musculares ao treinamento de força (TF) e concorrente (TC) em homens idosos. Foram consultadas as bases de dados da Pubmed, Scopus e Scielo de 1980 a 2012. A partir dessa busca, 3390 artigos tiveram seus títulos avaliados e 127 foram selecionados para uma segunda análise para leitura dos abstracts. Destes, 92 artigos foram lidos completamente e 25 artigos foram selecionados e tiveram seus resultados descritos. Diversos estudos demonstraram  que idosos submetidos ao TF apresentam aumento na força, potência, ativação e massa muscular. A melhora na força decorrente do TF pode ser explicada através de adaptações neurais e morfológicas. As principais adaptações neurais ao TF consistem no aumento no recrutamento das unidades motoras (UMs), bem como no aumento na freqüência de disparo das UMs. Já as adaptações morfológicas incluem o aumento da área de secção transversa (AST) fisiológica muscular, bem como no aumento na espessura muscular, ângulo de penação das fibras e modificações nas isoformas de cadeia pesada de miosina e conversão de fibras do subtipo IIX para IIa. Recomenda-se a inclusão do TF de intensidade moderada a alta (65-85% da força máxima) na rotina dessa população para a melhora da função neuromuscular. Embora o TC promova adaptações neuromusculares significativas, a magnitude dessas adaptações pode ser inferior quando comparada ao TF. Apesar de o TC resultar em interferência nas adaptações neuromusculares, o TC também promove melhora na função cardiovascular, sendo essa intervenção mais recomendada para promoção da saúde em idosos.

Biografia do Autor

Eduardo Lusa Cadore, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação Física. Laboratório de Pesquisa do Exercício. Porto Alegre, RS. Brasil

Professor de Educação Física, Mestre em Ciências do Movimento Humano pela UFRGS

Ronei Silveira Pinto, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação Física. Laboratório de Pesquisa do Exercício. Porto Alegre, RS. Brasil

Professor de Educaçao Física,Mestre em Ciências do Movimento Humano pela UFRGS, Doutor em Educaçao Física pela Universidade de Motricidade Humana de Lisboa, Portugal

Luiz Fernando Martins Kruel, Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Escola de Educação Física. Laboratório de Pesquisa do Exercício. Porto Alegre, RS. Brasil

Professor de Educaçao Física, Mestre e Doutor em Educaçao Física pela Universidade Federal de Santa Maria

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Publicado

2012-06-20

Edição

Seção

Artigos de Revisão