Associação entre prática de atividade física no tempo de lazer e medicação permanente em adultos de uma região de baixo nível socioeconômico

Autores

  • Leandro Martin Totaro Garcia University of São Paulo. School of Public Health. São Paulo, SP. Brasil.
  • Emanuel Péricles Salvador University of São Paulo. Group of Studies and Researches in Physical Activity Epidemiology. São Paulo, SP. Brasil
  • Thiago Hérick Sá University of São Paulo. School of Public Health. São Paulo, SP. Brasil.
  • Alex Antonio Florindo University of São Paulo. School of Arts, Sciences and Humanities. São Paulo, SP. Brasil

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2014v16n4p371

Resumo

Poucos trabalhos estudaram a associação entre prática de atividade física no tempo de lazer e medicação permanente em brasileiros, especialmente, de baixo nível socioeconômico. O objetivo do estudo foi analisar a associação entre necessidade de medicação permanente e prática de atividade física no tempo de lazer em adultos do distrito de Ermelino Matarazzo, região de baixo nível socioeconômico do município de São Paulo, SP. Estudo transversal de base populacional, realizado em 2007, com 890 pessoas com 18 anos ou mais de idade. Dados sobre necessidade de medicação permanente e tipos de medicamentos foram coletados por questionário. Informações sobre a atividade física de lazer foram obtidas por meio do International Physical Activity Questionnaire (IPAQ), versão longa. Análise descritiva, teste do qui-quadrado e regressões logísticas binárias e multinomiais, simples e múltiplas, foram utilizadas. Observou-se que 29,2% relataram necessitar de medicação permanente e 10% necessitavam dois ou mais tipos diferentes de medicamentos. Após ajustes para sexo, idade, escolaridade e índice de massa corporal, pessoas que não realizavam, pelo menos, 150 min/sem de atividade física no lazer apresentaram odds 2,78 (intervalo de confiança de 95% - IC95%: 1,45; 5,30) e 4,69 (IC95%: 1,90; 11,53) vezes daqueles que realizavam ao menos esse volume de necessitar medicação permanente e de necessitar dois ou mais tipos de medicamentos do que nenhum, respectivamente. Reflexão mais ampla sobre a interação entre medicação, prática de atividade física no lazer e aspectos sociais e econômicos deve ser feita a fim de reduzir desigualdades e melhorar a saúde de pessoas com menores níveis socioeconômicos.

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Publicado

2014-05-27

Edição

Seção

Artigos Originais