Reidratação durante exercício no calor reduz o índice de esforço fisiológico em adultos saudáveis

Autores

  • Marcelo Gava Pompermayer Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Rodrigo Rodrigues Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Bruno Manfredini Baroni Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre
  • Raquel de Oliveira Lupion Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Flávia Meyer Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Marco Aurélio Vaz Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2014v16n6p629

Resumo

O exercício no calor provoca alterações fisiológicas que refletem principalmente no sistema cardiovascular. O índice de esforço fisiológico (IEF), que utiliza o comportamento da temperatura corporal (Tre) e da frequência cardíaca (FC) para avaliar o nível de sobrecarga cardiovascular vem sendo preconizado na literatura. Porém, poucos estudos avaliaram os efeitos da desidratação e reidratação sobre este marcador. Assim, o objetivo foi verificar o efeito de uma estratégia de reidratação proporcional à perda hídrica durante exercício prolongado no calor sobre o estado de hidratação, IEF e taxa de percepção de esforço (TPE) de sujeitos saudáveis. Dez sujeitos realizaram duas sessões de exercício no calor, sendo a primeira sem reidratação (redução de 2% da massa corporal) (MC) e a segunda com reidratação (água mineral) em um volume proporcional à perda da primeira sessão. A FC e a Tre foram monitoradas durante o exercício para o cálculo do IEF. A TPE também foi obtida durante o exercício. A MC, gravidade específica (GEU) e coloração da urina (COR) foram mensuradas antes e após o exercício para avaliação do estado de hidratação. Os resultados demonstraram maior IEF na situação sem reidratação comparada à situação com reidratação a partir de 45 minutos de exercício (p<0,05), mantendo-se significativa até o final do protocolo. A TPE também apresentou diferença significativa entre as situações (p<0,001). A estratégia de reidratação foi efetiva para manter o estado de hidratação, atenuar o IEF e a TPE, trazendo importantes implicações para práticas desportivas, sobretudo àquelas que têm duração superior a 45 minutos.

Biografia do Autor

Marcelo Gava Pompermayer, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Escola de Educação Física. Porto Alegre, RS.

Rodrigo Rodrigues, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Escola de Educação Física. Porto Alegre, RS.

Bruno Manfredini Baroni, Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre

Departamento de Fisioterapia, Porto Alegre, RS.

Raquel de Oliveira Lupion, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Escola de Educação Física. Porto Alegre, RS.

Flávia Meyer, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Escola de Educação Física. Porto Alegre, RS.

Marco Aurélio Vaz, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Escola de Educação Física. Porto Alegre, RS.

Publicado

2014-10-30

Edição

Seção

Artigos Originais