Orientações motivacionais e atitudes desportivas em jovens futebolistas e suas associações com as pressões percebidas de agentes sociais significativos

Autores

  • António Trindade Vaz Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
  • Antonino Pereira Instituto Politécnico de Viseu
  • José Vilaça-Alves Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
  • Francisco Saavedra Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
  • Victor Machado Reis Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
  • Helder Miguel Fernandes Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2014v16n6p669

Resumo

Os objetivos do estudo foram caracterizar as orientações motivacionais e as atitudes (anti) desportivas de jovens futebolistas e suas associações com as pressões percebidas de distintos agentes sociais (pais/família, treinadores, colegas de equipa e amigos). A amostra foi constituída por um total de 118 futebolistas masculinos, com idades entre os 11 e os 19 anos (M= 14.68, DP= 2.16). Os atletas tinham 5.40 ± 2.39 anos de experiência federada, sendo que 71 (60.2%) atletas competiam em nível regional e 47 (39.8%) em competições nacionais. Os participantes responderam a um questionário sociodemográfico, ao Questionário de Orientação Motivacional no Desporto e ao Questionário de Valores no Desporto. A análise estatística envolveu procedimentos de normalidade univariada e análise descritiva, comparativa e correlacional. Os resultados indicaram que a orientação para a tarefa correlacionou-se positivamente com as atitudes desportivas (r= 0.47, p<0.01) e negativamente com as atitudes antidesportivas (r= ?0.46, p<0.01), enquanto a orientação para o ego exerceu um efeito contrário (atitudes desportivas: r= ?0.33, p<0.01 e atitudes antidesportivas: r= 0.42, p<0.01). As pressões percebidas por parte de todos os agentes de socialização associaram-se positiva e significativamente com as atitudes antidesportivas (p<0.05), sendo os treinadores as principais fontes de pressão promotoras de níveis superiores de orientação para o ego e menores níveis de orientação para a tarefa e atitudes desportivas nos atletas. Em suma, estes resultados indicam a necessidade dos treinadores e outros agentes sociais promoverem um clima de competição orientado para o autoaperfeiçoamento e para a expressão de atitudes socialmente positivas no contexto desportivo.

Biografia do Autor

Antonino Pereira, Instituto Politécnico de Viseu

Escola Superior de Educação. Viseu.

José Vilaça-Alves, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano. Vila Real.

Francisco Saavedra, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano. Vila Real.

Victor Machado Reis, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano. Vila Real.

Helder Miguel Fernandes, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro

Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano. Vila Real.

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Publicado

2014-10-30

Edição

Seção

Artigos Originais