Aptidão funcional em idosas do sul do Brasil: valores normativos e comparação com idosas de diferentes países
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-0037.2015v17n4p472Resumo
perda da aptidão funcional durante o envelhecimento pode comprometer a independência e qualidade de vida dos idosos. Sua avaliação é uma importante etapa do diagnóstico do estado de saúde dessa população. Objetivou-se propor valores normativos da aptidão funcional em idosas do sul do Brasil e comparar seus valores com idosas dos Estados Unidos, Estremadura (Espanha), Taiwan (China) e Espanha. A amostra do estudo foi composta por 1.783 idosas com idades entre 60,0 e 84,9 anos (média de 68,7 anos; desvio padrão de 6,3 anos), as quais efetuaram os testes motores propostos na “Senior Fitness Test” para a aptidão funcional em idosos. Os valores percentílicos, específicos para cada grupo etário, foram calculados para os sete componentes da aptidão funcional. O teste não paramétrico binomial foi utilizado para comparar o percentil 50 das idosas brasileiras com o das idosas de outras localidades. Foi possível observar que o rendimento das idosas nos testes de capacidade funcional reduziu com o avanço da idade. A média do IMC variou entre os grupos etários de 29,11 a 26,76kg/m2; Andar 6 minutos de 572,94 a 486,95 m, Flexão de antebraço de 17,51 a 15,11repetições, Sentar e levantar de 15,62 a 14,30 repetições, Sentar e Alcançar de 1,01 a -0,47 cm, Alcançar atrás das costas -4,92 a -10,52 cm e Sentado e caminhar de 5,96 a 6,83 seg. Os escores de aptidão funcional apresentaram clara diferença entre os países. Contudo, a direção e a magnitude das diferenças entre idosas de diferentes países variaram de acordo com o indicador de aptidão funcional. Houve importantes distinções entre os valores percentílicos de idosas brasileiras e os de outras localidades, sugerindo que a utilização de valores normativos internacionais pode subestimar ou superestimar limitações funcionais em idosas brasileiras.
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