Validação de modelos antropométricos na estimação da massa isenta de gordura e osso apendicular em jovens atletas
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-0037.2017v19n5p505Resumo
Ressonância magnética e tomografia computadorizada são referências para medir o tecido muscular (TM), porém apresentam custo elevado. A Absorciometria Radiológica de Dupla Energia (DXA) é segura, embora ainda dispendiosa, permite medir a Massa Isenta de Gordura e Osso apendicular (MIGOap), forte preditor do TM. Alternativamente, existem modelos antropométricos preditivos da MIGOap de atletas portugueses com baixo custo/risco, porém sem validação para outras populações. Objetivou-se validar modelos antropométricos portugueses preditivos da MIGOap em jovens atletas ou propor novos modelos, caso a validação falhe. A determinação da MIGOapDXA de 174 jovens atletas foi realizada por DXA. Dois modelos antropométricos (MIGOapmod1 e MIGOapmod2) de atletas portugueses foram testados para predizer MIGOap. Para validação o coeficiente de determinação, a diferença (viés) e a concordância entre valores medidos e preditos foram calculados. Finalmente, a associação entre média e diferença dos métodos foi calculada. A validação falhou, assim foram propostos novos modelos de regressão múltipla validados por estatística PRESS. Os modelos portugueses explicaram ~96% da variabilidade da MIGOapDXA. A diferença entre MIGOapmod1 e MIGOapDXA (-0,7kg) foi menor do que MIGOapmod2 (-2,3kg), com limites de concordância de 3,6 a -2,1 e de 6,1 a -1,5kg, respectivamente. Os novos modelos incluíram três equações preditivas para MIGOap. Somente MIGOapmod1 foi válido, todavia mostrou grande tendência a vieses, conforme magnitude dos valores de MIGOap. Os novos modelos propostos mostraram validade com maior concordância (r² PRESS = 0,98), menores erros de estimativa (EPEPRESS [kg] = 0,91) e valores preditos mais homogêneos para casos extremos.
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