Autorreconhecimento da obesidade de idosos residentes em áreas rurais: um inquérito domiciliar
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-0037.2017v19n5p565Resumo
A aceitação do agravo é essencial para o autocuidado, infere-se que o autorreconhecimento do idoso acerca da obesidade influencia na procura de serviços de saúde e, consequentemente no seu tratamento. Este estudo objetivou verificar o autorreconhecimento da obesidade de idosos rurais e os fatores socioeconômicos e demográficos associados. Trata de um inquérito domiciliar e transversal com 562 idosos residentes na área rural de um município do Sudoeste do Brasil. A identificação do autorreconhecimento da obesidade consistiu na concordância entre a obesidade autorreferida e o critério de diagnóstico segundo o índice de massa corporal > 27 kg/m2. Os fatores socioeconômicos e demográficos associados ao autorreconhecimento foram: sexo, faixa etária, estado conjugal, escolaridade e renda. Foram realizadas análises descritivas, coeficiente de Kappa e regressão logística (p < 0,05). O maior percentual de idosos foi de homens (53,6%), com 60–70 anos (62,6%), casados (67,8%), 4-8 anos (40,0%) de estudo e renda mensal individual de um salário mínimo (45,7%). A prevalência de obesidade de acordo com o índice de massa corporal correspondeu a 34,7% e a autorreferida 15,1%, sendo caracterizada concordância regular de acordo com o coeficiente de Kappa (k = 0,232; p < 0,001). A maioria dos idosos com obesidade não se reconheceu nesta condição (64,6%), com maiores razões de chances entre o sexo masculino em relação ao feminino (OR = 2,34; IC = 1,29-4,77). Constatou-se alta prevalência de obesidade nos idosos da zona rural, sendo que a maioria não se reconheceu nessa condição. Também foi evidenciado que particularmente os homens idosos apresentaram menor autorreconhecimento quando comparados às mulheres.
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