De volta ao meio líquido: efeitos da intervenção de fisioterapia aquática realizada em prematuros

Autores

  • Karize Rafaela Mesquita Novakoski Universidade Federal do Paraná
  • Silvia Regina Valderramas Universidade Federal do Paraná
  • Vera Lucia Israel Universidade Federal do Paraná
  • Bruna Yamaguchi Universidade Federal do Paraná
  • Marimar Goretti Andreazza Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2018v20n6p566

Resumo

Ao nascer, o recém-nascido pré-termo (RNPT) frequentemente necessita internamento em UTI-Neonatal que, apesar de ser um ambiente de cuidados, também causa estresses ao RNPT como a dor, alterações de sono e vigília e de parâmetros fisiológicos. Objetivou-se analisar os efeitos da fisioterapia aquática sobre a dor, o estado de sono e vigília e variáveis fisiológicas de RNPT internados em UTI Neonatal. Avaliações sobre dor, estado de sono e vigília e das variáveis fisiológicas foram realizadas em três momentos: 5 minutos antes da intervenção, imediatamente após e 10 minutos após. Na intervenção, os participantes foram envoltos em tecidos macios e imersos, a nível do ombro, em água aquecida (36°C a 37,5°C). Foram realizados movimentos látero-laterais, ântero-posteriores e rotacionais. Participaram 22 RNPT. Os resultados obtidos em relação à dor e ao estado de sono e vigília mostram melhoras significativas nas reavaliações após a intervenção. As variáveis fisiológicas também sofreram mudanças significativas e mantiveram-se dentro dos parâmetros de normalidade. Esta pesquisa aponta que a fisioterapia aquática é efetiva na redução da dor, melhora do estado de sono e vigília e das variáveis fisiológicas de RNPT internados em UTI-Neonatal. 

Biografia do Autor

Karize Rafaela Mesquita Novakoski, Universidade Federal do Paraná

Universidade Federal do Paraná

Silvia Regina Valderramas, Universidade Federal do Paraná

Universidade Federal do Paraná

Vera Lucia Israel, Universidade Federal do Paraná

Universidade Federal do Paraná

Bruna Yamaguchi, Universidade Federal do Paraná

Universidade Federal do Paraná

Marimar Goretti Andreazza, Universidade Federal do Paraná

Universidade Federal do Paraná

Referências

Oliveira RR, Santos SSC, Melo EC, Zurita, RCM, Mathias, TAF. Nascimento prematuro e assistência pré-natal: revisão integrativa à luz de Canguilhem. Rev Fund Care Online 2016; 8(3):4616-22.

Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco 1. ed. rev. – Brasília : Editora do Ministério da Saúde. (Cadernos de Atenção Básica, n° 32), 2012. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cadernos_atencao_basica_32_prenatal.pdf [2016 dez 16]

Nascimento TO, Maranhão DG. Prevenção do estresse neonatal: desafio para a equipe de enfermagem. Rev Enferm UNISA 2010;11(2): 134-7.

Nazareth CD, Lavor MFH, Santos TMA. Ocorrência de dor em bebês internados em unidade de terapia intensiva neonatal de maternidade terciária. Rev Med UFC 2005;55(1):33-37.

Gaíva MAM, Silva FB, Azevedo FM, Rubira EA. Procedimentos dolorosos em recém-nascido prematuro em unidade de terapia intensiva neonatal. Arq Ciênc Saúde 2014;21(1):48-54.

Motta GCP, Cunha MLC. Prevenção e manejo não farmacológico da dor no recém-nascido. Rev Bras Enferm 2015;68(1):131-5.

Corff K, Seidman R, Venkataraman M. Facilitated tucking: a nonpharmacological comfort measure for pain in preterm neonates. J Obstetric Gynecol Neonatal Nurs 1995;24:143-5.

Vignochi C, Teixeira PP, Nader SS. Efeitos da Fisioterapia aquática na dor e no estado de sono e vigília de recém-nascidos pré-termo estáveis internados em unidade de terapia intensiva neonatal. Rev Bras Fisioter 2010;14(3):214-20.

Borella MP, Sacchelli T. Os efeitos da prática de atividades motoras sobre a neuroplasticidade. Rev Neurocienc 2009;17(2):161-9.

Dutra HS, Reis VN. Desenhos de estudos experimentais e quase-experimentais: definições e desafios na pesquisa em enfermagem. Rev Enfer UFPE 2016;6(10):2230-41.

Oliveira IM, Castral TC, Cavalcanti MMFP, Carvalho JC, Daré MF, Salge AKM. Conhecimento e atitude dos profissionais de enfermagem sobre avaliação e tratamento da dor neonatal. Rev Eletr Enf 2016;18:e1160.

Brazelton TB. Neonatal behavioral assessment scale. London: Clinics in Developmental Medicine; 1973.

Cohen J. Statistical Power Analysis for the Behavioral Sciences. Second ed. Hillsdale, NJ: Erlbaum; 1988.

Perini C, Seixas MC, Catão ACSM, Silva GD, Almeida VS, Matos PBC. Banho de ofurô em recém-nascidos no alojamento conjunto: um relato de experiência. J Res Fundam Care 2014;6(2):785-92.

Carregaro RL, Toledo AM. Efeitos fisiológicos e evidências científicas da eficácia da Fisioterapia aquática. Rev Movimenta 2008;1(1):23-27.

Cunha MG, Caromano FA. Efeitos fisiológicos da imersão e sua relação com a privação sensorial e o relaxamento em hidroterapia. Rev Ter Ocup Univ São Paulo 2003;14(2):95-103.

Cignacco E, Hamers J, van Lingen RA, Stoffel L, Buchi S, Muller R, et al. Neonatal procedural pain exposure and pain Pain in the NICU: what has changed in ten years? 95 management in ventilated preterm infants during the first 14 days of life. Swiss Med Wkly 2009;139: 226-32.

Santos LM, Pereira MP, Santos LFN, Santana RCB. Avaliação da dor no recém-nascido prematuro em unidade de terapia intensiva. Rev Bras Enferm 2012;65(1):27-33.

Sweeney JK. Neonatal hydrotherapy: an adjunct to developmental intervention in an intensive care nursery setting. Phys Occup Ther Pediatr 1983; 3(1):39- 52.

Medeiros JSS, Mascarenhas MFPT. Banho humanizado em recém-nascidos prematuros de baixo peso em uma enfermaria canguru. Rev Ter Ocup Univ São Paulo 2010;21(1):51-60.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Atenção à Saúde do Recém-nascido: Guia para profissionais da saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2011. Disponível em: http://www.redeblh.fiocruz.br/media/arn_v4.pdf. [2016 dez 22]

Corrêa LF, Paula AM, Carvalho DA, Azevedo MP, Teixeira LA. The impacto of diferente types of bath in the behaviour and physiology of ‘rooming in’ newborn babies. Neuro Endocrinol 2004;25(1):141-55.

Silva HA, Silva KC, Reco MON, Costa AS, Soares-Marangoni DA, Merey LSF. Efeitos fisiológicos da hidroterapia em balde em recém-nacidos prematuros. Rev Ter Ocup Univ São Paulo 2017;28(3):309-15.

Downloads

Publicado

2018-12-31

Edição

Seção

Artigos Originais