Respostas hemodinâmicas ao exercício de força com restrição de fluxo sanguíneo em pequenos grupos musculares

Autores

DOI:

https://doi.org/10.1590/1980-0037.2019v21e56258

Resumo

O presente estudo objetivou analisar as respostas hemodinâmicas agudas ao exercício de força com restrição do fluxo sanguíneo (RFS) realizado com pequenos grupos musculares.A amostra foi composta por 10 voluntários do sexo masculino(22,6 ± 2,07 anos, 1,78 ± 0,06 m, 76,32 ± 13,36 kg), que realizaram de forma aleatória os protocolos envolvendo o exercício de flexão da articulação do cotovelo, com membro dominante (rosca concentrada de bíceps) realizado com (ERFS) e sem restrição do fluxo sanguíneo (ESR). Utilizou-se o desenho cruzado, com intervalo de sete a dez dias entre os experimentos. Foram avaliadas: pressão arterial sistólica (PAS), diastólica (PAD) e média (PAM);pressão de pulso (PP), frequência cardíaca (FC) e duplo produto (DP), em repouso, imediatamente após o esforço, e após o esforço na fase de recuperação de 15 minutos. A PAS, PAD e PAM apresentaram elevação significativa (p <0,05) imediatamente após a realização do ERFS, quando comparadas ao protocolo sem restrição, retornando aos valores de repouso após a recuperação.A PAD reduziu significativamente (p <0,05) na recuperação, apenas no experimento ERFS e a FC elevou no pós-esforço em ambos os experimentos. A PP e o DP não sofreram alterações entre os diferentes momentos de avaliação, independentemente do protocolo.Os resultados do presente estudo permitem concluir que o exercício de força com RFS envolvendo pequenos grupos musculares foi mais eficiente que o exercício sem restriçãopara promover alterações agudasdas respostas hemodinâmicas e que a RFS não representou um risco cardiovascular, considerando seus efeitos sobre a PP.

Referências

De Sousa EC, Abrahin O, Ferreira ALL, Rodrigues RP, Alves EAC, Vieira RP. Resistance training alone reduces systolic and diastolic blood pressure in prehypertensive and hypertensive individuals-meta-analysis. Hypertens Res 2017;40(11):1-5.

Takarada S, Okita K, Suga T, Omokawa M, Kadoguchi T, Sato T, et al. Low-intensity exercise can increase muscle mass and strength proportionally to enhanced metabolic stress under ischemic conditions. J ApplPhysiol 2012;113(2):199-205.

Gonçalves ACCR, Pastre CM, Camargo Filho JCS, Vanderlei LCM. Exercício resistido no cardiopata: revisão sistemática. Fisioter Mov 2012;25(1):195-205.

American College of Sports Medicine. Progression models in resistance training for healthy adults: Position stand. Med Sci Sports Exerc 2009;41(3):687-708.

Scott BR, Loenneke JP, Slattery KM, Dascombe BJ. Exercise with blood flow restriction: an updated evidence-based approach for enhanced muscular development. Sports Med 2015;45(3):313-25.

Takano H, Morita T, Iida H, Asada K, Kato M, Uno K, et al. Hemodynamic and hormonal responses to a short-term low-intensity resistance exercise with the reduction of muscle blood flow. Eur J Appl Physiol 2005;95(1):65-73.

Figueroa A, ViciL F. Post-exercise aortic hemodynamic responses to low-intensity resistance exercise with and without vascular occlusion. Scand J Med Sci Sports 2011; 21(3):431-436.

Lixandrão M, Ugrinowitsch C, Berton R, Vechin FC, Conceição MS, Damas F, et al. Magnitude of muscle strength and mass adaptations between high-load resistance training versus low-load resistance training associated with blood-flow restriction: A systematic review and meta-analysis. Sports Med 2018;48(2):361-378.

Araújo JP, Silva ED, Silva JCG, Souza TSP, Lima EO, Guerra I, et al. The acute effect of resistance exercise with blood flow restriction with hemodynamic variables on hypertensive subjects. J Hum Kinet 2014;43(1):79-85.

Neto GR, Sousa MSC, Costa PB, Salles BF, Novaes GS, Novaes JS. Hypotensive effects of resistance exercises with blood flow restriction. J Strength Cond Res 2015;29(4):1064-1070.

Brown LE, Weir JP. Procedures recommendation I: Accurate assessment of muscular strength and power. J Exerc Physiol 2001;4(3):1-21.

Sociedade Brasileira de Cardiologia. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão. Arq Bras Cardiol 2016;107(3) Suppl 3:1-103.

Rocha E. Influência da pressão arterial sistólica e pressão arterial diastólica a repercussão nos órgãos alvo. Rev FactoresRisco 2013;28(1):16-9.

Poton P, Polito MD. Hemodynamic response to resistance exercise with and without blood flow restriction in healthy subjects. Clin Physiol Funct Imaging 2016;36(3):231-236.

Spranger MD, Krishnan AC, Levi PD, O’Leary DS, Smith SA. Blood flow restriction training and the exercise pressor reflex: a call for concern. Am J Physiol Heart Circ Physiol 2015;309(9):H1440-1452.Passaro CL. Resposta cardiovascular na prova do esforço: pressão arterial sistólica. Ver Bras Med Esporte 1997;3(1):6-10.

Passaro CL. Resposta cardiovascular na prova do esforço: pressão arterial sistólica. Ver Bras Med Esporte 1997;3(1):6-10.

Casonatto J, Doederlein M. Post-exercise Hypotension: a Systematic Review. Rev Bras Med Esporte 2009;15(2):151-157.

Brandner CR, Kidgell DJ, Warmington SA. Unilateral bicep curl hemodynamics: Lowpressure continuous vs high-pressure intermittent blood flow restriction. Scand J Med Sci Sports 2015;25(6):770-777.

Downs ME, Hackney KJ, Martin D, Caine TL, Cunningham D, O’Connor DP, et al. Acute vascular and cardiovascular responses to blood flow – restricted exercise. Med Sci Sports Exerc 2014;46(8):1489-1497.

Pollock M, Franklin B, Balady G, Chaitman B, Fleg J, Fletcher B, et al. Resistance exercise in individuals with and without cardiovascular disease: benefits, rationale, safety, and prescription an advisory from the committee on exercise, rehabilitation, and prevention, council on clinical cardiology, American Heart Association. Circulation 2000;101:828-33.

Nogueira AR, Muxfeldt E, Salles GF, Bloch KV. A importância clínica da pressão de pulso. Rev Bras Hipertens 2003; 10(2):140-1.

Dart AM, Kingwel BA. Pulse pressure – A revision of mechanism and clinical relevance. J Am Coll Cardiol 2001;37(4):975-984.

Downloads

Publicado

2019-12-31

Edição

Seção

Artigos Originais